PROPRIEDADE PARTICULAR

Proprietário do Porto que desmoronou em Manacapuru terá que prestar depoimentos, diz Defesa Civil

O suposto dono da área foi apontado como sendo o empresário José Maria, que estaria fazendo uma obra de terraplanagem e aterramento no local. As perícias ainda não iniciaram por riscos de novos desmoronamentos

Natasha Pinto
online@acritica.com
08/10/2024 às 15:30.
Atualizado em 08/10/2024 às 16:54

Segundo a Defesa Civil, será de responsabilidade do proprietário da área garantir a segurança dos que transitam no local (Foto: Daniel Brandão/A CRÍTICA)

"Buscas pelos desaparecidos são a prioridade, depois iniciaremos as investigações de fato com a perícia", disse o delegado Mauro Soares, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP), na manhã desta terça-feira (8), sobre o desbarrancamento do Porto Terra Preta, no município de Manacapuru, região metropolitana de Manaus.

Conforme o delegado Mauro Soares, as investigações só poderão ser iniciadas depois que a área estiver segura (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

Segundo o Coronel Clovis Araújo, secretário executivo da Defesa Civil do Estado, foi confirmado que a área se trata de uma propriedade particular e que o dono já foi notificado e terá que prestar esclarecimentos.

"Vale salientar que é uma propriedade privada e logo após esse trabalho de buscas do Corpo de Bombeiros, o proprietário deverá tomar todas as medidas necessárias para manter o local em segurança e fazer a infraestrutura necessária para que o local fique seguro para as pessoas que aqui transitam", afirmou.

A informação de que a área do porto é uma propriedade particular foi confirmada pelo secretário executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Clovis Araujo (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

O suposto dono da área foi apontado como sendo o empresário José Maria, que estaria fazendo uma obra de terraplanagem e aterramento no local, como mostram imagens de moradores da região, além da fissura filmada pelos trabalhadores.

"Por ainda haver o risco de desbarrancamento, as investigações estão em estágio inicial. O local ainda não passou por perícia por conta disso, além das buscas do Corpo de Bombeiros. Por esses motivos, as investigações estão suspensas até a liberação da segurança do local", finalizou o delegado titular do DIP Manacapuru.

Grande parte da estrutura cedeu durante o desabamento (Foto: Reprodução)

 Nesta terça-feira, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura chegaram ao local para também auxiliar na perícia e investigação, até porque, nenhuma placa informando sobre a obra foi encontrada no local, para saber se havia autorização para esta obra.

Agentes Ibama e do Crea-AM estão no local para também auxiliar na perícia e investigação (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

"Nós ainda não sabemos se foi um efeito de terras caídas, que nessa época é comum que ocorra, ainda mais devido à estiagem e à seca, ou se essa obra possa ter ocasionado isso. Enfatizamos a todos que têm família, amigos ou parentes que moram nessas regiões, que qualquer rachadura no solo deve ser comunicada e denunciada à Defesa Civil do Município ou até mesmo do Estado, para fazermos uma perícia e evitarmos tragédias como esta", concluiu o secretário executivo da Defesa Civil do Estado.
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