Não houve sinais anteriores que indicassem o perigo, mas, após o primeiro deslizamento de terra, o pânico se instalou no local
Nas fotos, o autônomo José Luiz, conhecido como Zezinho da Terra Preta, e Maria de Fátima, a dona Fatica, de 69 anos, moradora das proximidades do porto há 30 anos (Fotos: Daniel Brandão/A CRÍTICA)
Moradores das proximidades do Porto de Terra Preta, em Manacapuru, que desabou na tarde desta segunda-feira (7), relataram o que viram no momento do desastre. Segundo eles, não houve sinais anteriores que indicassem o perigo, mas, após o primeiro deslizamento de terra, o pânico se instalou no local.
O autônomo José Luiz, conhecido como Zezinho da Terra Preta, conta que primeiro houve um deslizamento maior de terra e, depois, a terra continuou a cair. Segundo ele, foi quando começou a gritaria de pessoas pedindo para que quem estivesse no flutuante saísse. Neste flutuante estava a pequena Letícia, de 6 anos, que está desaparecida.
O morador afirma que não é a primeira vez que acontece deslizamento de terra na região. Segundo ele, em 2014 houve outro desastre parecido, e o morador fez um apelo para que as autoridades responsáveis tomem providências a respeito.
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Maria de Fátima Souza Costa, a dona Fatica, de 69 anos, mora nas proximidades do porto há 30 anos e nunca imaginou presenciar a tragédia que aconteceu nesta segunda-feira. Caseira de uma propriedade que dá vista ampla para o Porto de Terra Preta, ela conta que viu como tudo aconteceu.
A moradora não conseguiu quantificar quantas pessoas ela viu em meio ao desastre, mas lembra que viu apenas um barco, uma lancha que afundou e o flutuante com as pessoas.
Enquanto a equipe de A CRÍTICA ainda estava na casa em que dona Maria de Fátima mora, ela recebeu a visita da equipe da Defesa Civil do município, que orientou que a caseira saísse da propriedade e fosse para um local seguro, até que seja feita uma inspeção para verificar se há risco de deslizamentos também naquela área.
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