Dona Arlete, tia da criança, relatou que a irmã mais velha tentou salvar Letícia durante o desabamento, mas apenas a jovem conseguiu sair com vida em meio aos escombros
Com lágrimas nos olhos, dona Arlete de Paula, tia do pai da criança, relata que a irmã mais velha da pequena Letícia ainda tentou salvar a irmã enquanto (Fotos: Daniel Brandão/A CRÍTICA)
Uma criança de 6 anos, identificada apenas como Letícia, está entre os desaparecidos após o desabamento do Porto de Terra Preta, no município de Manacapuru, na tarde desta segunda-feira (7). Ela estava em um flutuante com os dois irmãos mais velhos no momento da tragédia.
Com lágrimas nos olhos, dona Arlete de Paula, de 54 anos, tia do pai da criança, estava em frente ao Hospital Lázaro Reis, após visitar os dois jovens que sobreviveram ao acidente.
Ela relata que a irmã mais velha da pequena Letícia ainda tentou salvar a irmã enquanto tudo desabava, mas, em certo momento, elas ficaram presas sob os escombros e apenas a jovem conseguiu sair com vida.
As vítimas do grave acidente estão sendo encaminhadas para o Hospital Geral de Manacapuru - Lázaro Reis
Segundo ela, a jovem está muito abalada psicologicamente, ingeriu bastante água e está em observação no hospital. A pequena Letícia, que está desaparecida, morava no flutuante com os pais e os dois irmãos. Os pais da criança estavam no trabalho no momento em que o acidente aconteceu.
"Agora só Deus mesmo, é confiar em Deus. A gente não tem mais nenhuma informação. Os pais estão aí pra dentro com os filhos, que beberam muita água, mas conseguiram sair. O pai até que está mais calmo, mas a mãe da Letícia está muito abalada, muito abalada mesmo", disse dona Arlete.
Ainda não há um número oficial de desaparecidos. Equipes de resgate seguem em busca
Segundo uma enfermeira, que não quis se identificar, sete pessoas vítimas do acidente deram entrada no hospital e estão em observação. Ela não informou o estado de saúde das vítimas.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o número de desaparecidos. As equipes de resgate continuam no local para os procedimentos de isolamento, avaliação de novos desabamentos e resgate de possíveis vítimas.
No local do desabamento era comum acontecer atividades de carga e descarga, inclusive com pontos de taxis e mototaxistas.