Alerta!

Tempo frio aumenta os casos de doenças respiratórias

Especialistas destacam que as mais comuns são otite, bronquite, rinite e quadros gripais

Tiago Melo
online@acritica.com
22/05/2022 às 11:12.
Atualizado em 22/05/2022 às 11:12

(Reprodução)

Com a chegada de climas mais amenos e um tempo mais friozinho, uma das grandes preocupações são as doenças respiratórias desenvolvidas ao longo desses meses. Entram nesse quadro otite, bronquite, rinite e quadros gripais, geralmente sanados facilmente, mas que até serem resolvidos causam bastante preocupação (e noites em claro).

Uma das mais comuns é a rinite alérgica. De acordo com o otorrinolaringologista Luiz Avelino Jr, ela afeta aproximadamente 20% da população, por volta de 42 milhões de brasileiros, entre eles, 840 mil amazonenses, acometendo pessoas de todas as idades. “A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal que acontece quando inalamos substâncias capazes de sensibilizar o nosso sistema de defesa, como por exemplo ácaros, fungos e pólen”, destacou o especialista.

Os principais sintomas da rinite alérgica são espirros, coceira no nariz, olhos, orelhas, céu da boca, coriza, obstrução nasal, anosmia, dor de cabeça, dor de ouvido, edema e vermelhidão nos olhos, ronco, fadiga e sonolência. 

“Os principais gatilhos da rinite alérgica são ácaro, esporos de fungos, poeira doméstica, animais domésticos, baratas e roedores, cigarro, fumaça, poluição e cheiros fortes”

, afirmou o otorrino. 

Diagnóstico e tratamento

Além da rinite alérgica, vale destacar que existem outros tipos, como a rinite vasomotora, a gustativa, a medicamentosa, a hormonal, entre outras. Para se descobrir qual é o caso, é necessário um diagnóstico apoiado na história e no exame físico do paciente. “Também podemos solicitar exames laboratoriais, exames de imagem e o teste alérgico na pele”, disse Avelino Jr.

Quanto ao tratamento, o otorrino adianta: “o tratamento da rinite não visa a cura, mas sim prevenir e controlar as crises agudas, evitar as complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente”. O tratamento, portanto, envolve medidas de controle ambiental, medicamentos e vacinas. 

Resultado da Covid-19

Segundo Shirley Pignatari, professora adjunta do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em decorrência da pandemia, trouxe como efeito paralelo uma nítida diminuição na frequência de todas as infecções de vias aéreas (IVAS), particularmente dos resfriados comuns.

Entretanto, com a vacinação em massa contra a Covid-19 e o retorno presencial às atividades cotidianas, muitos pacientes voltaram a apresentar os quadros de resfriado usuais durante o tempo de friagem. "As manifestações clínicas podem ser semelhantes às apresentadas pela covid-19, o que implica na necessidade de diagnóstico laboratorial precoce para caracterização etiológica com implicações relevantes de saúde pública", alerta Shirley.
 
De acordo com a pesquisadora, a maior parte dessas infecções é causada por patógenos como os rinovírus, um dos responsáveis pelo resfriado comum, de intensidade variável e com sintomas típicos, com coriza, congestão nasal, dor ao engolir, rouquidão e tosse.

Contudo, apesar de a sazonalidade desses surtos tornar a presença desses vírus corriqueira, seu poder de transmissão permanece alto. Então, valem as recomendações de sempre. "Para amenizar os sintomas e diminuir o tempo de evolução das infecções respiratórias, as soluções salinas nasais, hidratação e alimentação adequadas ainda são grandes aliados na prevenção e tratamento das crianças", finaliza a professora da Unifesp.

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