Tal tratamento tem ajudado diversas pessoas a alcançarem a tão desejada qualidade de vida
A saúde integrativa busca tratar a origem das disfunções, não apenas a queixa (Divulgação)
Combinando práticas tradicionais a terapias complementares, a saúde integrativa - abordagem da medicina que considera o paciente como como um todo, e não somente a doença que ele apresenta - tem ganhado força com uma perspectiva holística voltada ao bem-estar. Ao promover essa harmonia entre o corpo, mente e espírito, ela tem ajudado muitas pessoas a encontrarem novos caminhos não somente para a cura, mas, também, para a tão desejada qualidade de vida.
De acordo com a fisioterapeuta e osteopata Giselle Negreiros, especialista em medicina tradicional chinesa, a saúde integrativa busca tratar a origem das disfunções, não apenas a queixa.
Giselle realiza algumas das terapias complementares mais utilizadas na atualidade, como: osteopatia, reiki, microfisioterapia e práticas da medicina chinesa, como acupuntura, auriculopuntura e fitoterapia energética chinesa - todas voltadas aos corpos físico e energético.
Conforme Giselle, por muito tempo, pensava-se que os conteúdos emocionais ficavam restritos somente à mente e, hoje, é de conhecimento comum que emoções surgem a partir do corpo ou se instalam nele.
"Dessa forma, você pode adaptar sua reação se encontrar a mesma situação novamente. Mas o que acontece, na maior parte das vezes, é que o evento termina, mas continuamos a secretar hormônios do estresse para lidar com uma ameaça que não existe mais. Essa liberação excessiva de hormônios é tóxica para o sistema nervoso. Nossa capacidade de autorregulação e manutenção do equilíbrio fica danificada. Nossa capacidade de processar informações corretamente e raciocinar diminui bastante. Emoções intensas impulsionam nossas reações; reagimos de forma reflexa e impulsiva. Essa é a origem do sentimento generalizado de mal-estar e ansiedade", acrescentou Giselle.
Ela reforça que estudos apontam a necessidade das práticas que ajudam o paciente na tomada de consciência das próprias sensações e, para que um indivíduo esteja em contato consigo, é necessário a ativação da ínsula anterior - área fundamental do cérebro responsável pela sensação que cada um tem do próprio corpo e de si mesmo.
Com 12 anos de prática clínica, Giselle revela que muitos casos interessantes já passaram pelas suas mãos.
A principal queixa da paciente, segundo Giselle, era dor muscular. "Comecei com osteopatia para tratar disfunções vertebrais e articulares. Na segunda etapa, comecei técnicas para regulação do sistema nervoso, pois é ele quem governa músculos e é responsável pela hipertonia muscular que a deixava tensa, contraturada e fazia os pontos gatilhos musculares dolorosos", relatou a especialista.
A paciente em questão iniciou o desmame das medicações controladas já no quinto atendimento e hoje, dois meses depois, não faz uso nem de analgésicos. "Nossas consultas nessa fase são de manutenção a cada 21 dias com possibilidade de espaçamento desse intervalo", finalizou.
A quem tiver interesse em explorar a saúde integrativa, Giselle dá alguns conselhos. "Oriento práticas de autoconhecimento e saúde emocional, como leituras sobre as próprias emoções, estudando-as e as questionando no corpo. Indico a meditação terapêutica como método de integração e percepção emocional, oriento as técnicas de respiração e relaxamento para a propriocepção de como as emoções e sintomas físicos acontecem surgem no corpo físico e, claro, oriento a busca por auxílio profissional com uma visão holística para aprender a causa das dores e emoções persistentes e limitantes. O auxílio adequado criará estratégias de enfrentamento e resposta biológica adequada ao estresse com métodos terapêuticos minimamente invasivos", concluiu.