atividade física

Ficar parado não é uma opção

Conselho Federal de Educação Física – CONFEF lança a Campanha Abril Verde: Mês de Combate ao Sedentarismo

Gabrielly Gentil
online@acritica.com
09/04/2023 às 16:52.
Atualizado em 09/04/2023 às 16:52

(Foto: Divulgação)

A atividade física pode salvar vidas. A prática do exercício físico, sobretudo com a orientação do profissional de Educação Física, é capaz de prevenir e até tratar diversas doenças crônicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo deve levar cerca de 500 milhões de pessoas a desenvolver doenças evitáveis até 2030. Ainda segundo a OMS, a inatividade física, o tabagismo, a má alimentação, e o excesso de álcool são os causadores de grande parte das mortes por Doenças Crônicas Não Transmissíveis. 

Para combater esse problema de saúde pública, o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF lança a Campanha Abril Verde: Mês de Combate ao Sedentarismo. O diretor executivo do CONFEF, William Pimentel, destaca que a iniciativa surgiu para informar e conscientizar sobre os riscos causados à saúde relacionados ao sedentarismo. 

“Desejamos aguçar o debate em toda sociedade, para que todos busquem se movimentar de alguma forma e tragam para seus momentos em família, com amigos e até para o meio político a importância de uma vida mais ativa para toda população. Vamos levar a todos os cantos o nosso mote: “Ficar parado não é uma opção”, afinal viver com qualidade e ter um envelhecimento saudável depende dessa mudança de hábito”, diz ele. 

O que é o sedentarismo?

O profissional de Educação Física, Tharcísio Anchieta, diz que para falar do sedentarismo, primeiro é preciso entender que essa é uma condição absolutamente anormal no que diz respeito ao ser humano. Ele também relaciona o uso da tecnologia ao sedentarismo. 

“A tecnologia dá às pessoas a possibilidade de elas serem mais sedentárias, com as inúmeras facilidades do dia a dia. Seja o controle remoto ou o deslocamento feito somente de carro, é aí que se apresenta o sedentarismo. É o ser humano que vive se movimentando o menos possível, com um gasto calórico quase inexistente, que acarreta em diversos prejuízos à saúde”, comenta o especialista.

Inimigo do coração

Como visto, o sedentarismo é fator de risco para muitas doenças, dentre elas se destacam as doenças do sistema cardiovascular como hipertensão e o infarto, além de AVC (acidente vascular cerebral), o diabetes e até alguns tipos de câncer. A médica cardiologista, Dra. Renata Teodora, explica de que forma ele afeta o coração. 

“A ausência de movimento gera acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, dificultando a passagem do sangue, comprometendo a circulação e o funcionamento do coração. As consequências são refletidas no organismo e no desempenho de suas funções. Pode também aumentar o acúmulo de proteínas do coração. Enfim, o sedentarismo está associado a numerosas doenças que elevam o risco de problemas cardiovasculares – como angina, infarto agudo do miocárdio e tromboses. Entre as doenças que são fator de risco para o coração estão a própria obesidade, a hipertensão, as alterações nos lipídios e diabetes tipo 2”.

Como sair do sedentarismo?

De acordo com Tharcísio, no Brasil, segundo os últimos dados levantados, quase metade da população (47%) se encontra com nível de atividade física abaixo do recomendado. Isso aponta um quadro de sedentarismo. 

“Para sair disso não precisa de muita coisa, aliás, não precisa de quase nada. A OMS indica que são necessários pelo menos 150 minutos de atividade física moderada, por semana, para que as pessoas não se encontrem em um quadro de sedentarismo. Isso significa pouco mais de 20 minutos de atividade física moderada por dia, o que pode ser uma caminhada tranquila. Atividades como varrer uma casa, brincar com os filhos, passear com o cachorro, uma prática esportiva de caráter social, como aquela de fim de semana, também vale” aconselha. 

O profissional de educação física é elemento fundamental no que diz respeito à manutenção da saúde relacionada aos exercícios físicos. “Mais do que defender que a atividade física é importante para manutenção da saúde, é preciso ressaltar que a intervenção do profissional de educação física é fundamental para que isso ocorra. E é essa intervenção que vai fazer com que os exercícios físicos sejam utilizados corretamente, pois ele é o profissional de saúde que tem a capacidade e a competência para intervir com qualidade e segurança durante a prática”, conclui Anchieta. 

Assuntos
Compartilhar
Sobre o Portal A Crítica
No Portal A Crítica, você encontra as últimas notícias do Amazonas, colunistas exclusivos, esportes, entretenimento, interior, economia, política, cultura e mais.
Portal A Crítica - Empresa de Jornais Calderaro LTDA.© Copyright 2024Todos direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por