NOVEMBRO BRANCO

Especialistas alertam sobre os riscos do tabagismo

O tabagismo é responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão. A OMS estima que no ano passado 1.7 milhões de pessoas morrem pela doença

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24/11/2024 às 19:13.
Atualizado em 24/11/2024 às 19:13

O tabagismo é o fator de risco mais significativo e predominante para o desenvolvimento do câncer de pulmão, sendo responsável por aproximadamente 80% a 90% dos casos registrados (Foto: Freepik/Banco de Imagens)

O tabagismo é o principal vilão do câncer de pulmão, responsável por 80 a 90% dos casos, segundo o oncologista clínico Dr. Peter Felipe Silva, da Oncológica do Brasil – Porto Velho.

Outros fatores de risco incluem exposição a substâncias carcinogênicas (asbesto, arsênico, berílio, cádmio, etc.) e radiação ionizante que ocorrem na maioria das vezes no trabalho. Além de história familiar da doença.

“O cigarro (seja ele eletrônico ou não) produz, no ato da queima (ou vaporização da essência), substâncias carcinogênicas. Além disso, são incorporados na produção desses produtos demais substâncias danosas, como o alcatrão. Juntos, podem induzir erros genéticos nas células, podendo causar um crescimento descontrolado e favorecer a malignização", alerta o oncologista

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O câncer de pulmão é a neoplasia maligna que mais mata no mundo. Em 2023, cerca de 1,7 milhão de pessoas faleceram pela doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 20 mil óbitos anuais. Diante desses números alarmantes, o Novembro Branco é um lembrete crucial da importância do debate sobre métodos de rastreio e prevenção.

Saúde respiratória

A pneumologista Dra. Maria do Socorro de Lucena Cardoso alerta sobre os perigos das substâncias presentes no cigarro.

“Essas substâncias químicas tóxicas causam inflamações e irritação das vias aéreas. Com o tempo, essas alterações podem levar à modificação da estrutura pulmonar, favorecendo o desenvolvimento do câncer de pulmão”.

Outra questão é a poluição ambiental, inclusive no ambiente de trabalho, que representa um risco significativo à saúde respiratória, “pois pode causar irritação crônica das vias aéreas e aumentar a vulnerabilidade ao desenvolvimento de neoplasias”, acrescenta Dra. Maria.

Diagnóstico

Segundo a especialista, a detecção precoce da doença é fundamental para um tratamento bem-sucedido. "Um diagnóstico inicial permite uma abordagem terapêutica mais eficaz, tornando possível a cirurgia e aumentando as chances de tratamento e cura", afirma.

De acordo com o Dr. Peter, quando a doença se espalha para outros órgãos, o tratamento curativo torna-se inviável. No entanto, ainda existem opções terapêuticas eficazes para controlar a doença.

“Para o diagnóstico preciso, utilizamos exames de imagem avançados, como tomografia, ressonância magnética e PET-SCAN. Além disso, a biopsia permite analisar mutações específicas, permitindo um tratamento personalizado para cada paciente”.

Sintomas

Existem sintomas específicos que podem indicar a presença de câncer de pulmão. Entre eles estão: tosse persistente, sensação de pigarro na garganta, emagrecimento, fadiga e falta de ar.

“Esses sinais são especialmente preocupantes em pacientes tabagistas, onde o câncer de pulmão deve ser considerado com um dos possíveis diagnósticos”, alerta o médico.

Tratamentos

O tratamento do câncer de pulmão oferece diversas opções, mesmo em estágios avançados. Inclui cirurgia avançada, radioterapia precisa, tratamentos sistêmicos com medicamentos direcionados e imunoterapia, permitindo controle da doença com poucos efeitos colaterais.

O tratamento do câncer de pulmão registrou progressos significativos nos últimos anos, apesar dos desafios do diagnóstico tardio. De acordo com Dr. Peter "é possível ver os frutos das pesquisas e novas medicações trazendo cada vez maiores índices de cura e de controle da doença”. Ele enfatiza: "Sem dúvida, o tratamento do câncer de pulmão foi um dos que mais avançaram nos últimos anos”.

Prevenção

O tabagismo é o principal fator de risco. Portanto, não fumar é essencial. Além disso, é fundamental monitorar sintomas como tosse persistente, emagrecimento inexplicado e falta de ar.

“Pessoas de 50-80 anos com histórico de mais de 20 maços de cigarro por ano devem realizar exames anuais de Tomografia de Baixa Incidência”, recomenda Dr. Silva.

A adoção de hábitos saudáveis e a vigilância médica são essenciais para reduzir o risco de câncer de pulmão. A abordagem preventiva é crucial para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.

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