O tabagismo é responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão. A OMS estima que no ano passado 1.7 milhões de pessoas morrem pela doença
O tabagismo é o fator de risco mais significativo e predominante para o desenvolvimento do câncer de pulmão, sendo responsável por aproximadamente 80% a 90% dos casos registrados (Foto: Freepik/Banco de Imagens)
O tabagismo é o principal vilão do câncer de pulmão, responsável por 80 a 90% dos casos, segundo o oncologista clínico Dr. Peter Felipe Silva, da Oncológica do Brasil – Porto Velho.
Outros fatores de risco incluem exposição a substâncias carcinogênicas (asbesto, arsênico, berílio, cádmio, etc.) e radiação ionizante que ocorrem na maioria das vezes no trabalho. Além de história familiar da doença.
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O câncer de pulmão é a neoplasia maligna que mais mata no mundo. Em 2023, cerca de 1,7 milhão de pessoas faleceram pela doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 20 mil óbitos anuais. Diante desses números alarmantes, o Novembro Branco é um lembrete crucial da importância do debate sobre métodos de rastreio e prevenção.
Saúde respiratória
A pneumologista Dra. Maria do Socorro de Lucena Cardoso alerta sobre os perigos das substâncias presentes no cigarro.
Outra questão é a poluição ambiental, inclusive no ambiente de trabalho, que representa um risco significativo à saúde respiratória, “pois pode causar irritação crônica das vias aéreas e aumentar a vulnerabilidade ao desenvolvimento de neoplasias”, acrescenta Dra. Maria.
Diagnóstico
Segundo a especialista, a detecção precoce da doença é fundamental para um tratamento bem-sucedido. "Um diagnóstico inicial permite uma abordagem terapêutica mais eficaz, tornando possível a cirurgia e aumentando as chances de tratamento e cura", afirma.
De acordo com o Dr. Peter, quando a doença se espalha para outros órgãos, o tratamento curativo torna-se inviável. No entanto, ainda existem opções terapêuticas eficazes para controlar a doença.
Sintomas
Existem sintomas específicos que podem indicar a presença de câncer de pulmão. Entre eles estão: tosse persistente, sensação de pigarro na garganta, emagrecimento, fadiga e falta de ar.
Tratamentos
O tratamento do câncer de pulmão oferece diversas opções, mesmo em estágios avançados. Inclui cirurgia avançada, radioterapia precisa, tratamentos sistêmicos com medicamentos direcionados e imunoterapia, permitindo controle da doença com poucos efeitos colaterais.
O tratamento do câncer de pulmão registrou progressos significativos nos últimos anos, apesar dos desafios do diagnóstico tardio. De acordo com Dr. Peter "é possível ver os frutos das pesquisas e novas medicações trazendo cada vez maiores índices de cura e de controle da doença”. Ele enfatiza: "Sem dúvida, o tratamento do câncer de pulmão foi um dos que mais avançaram nos últimos anos”.
Prevenção
O tabagismo é o principal fator de risco. Portanto, não fumar é essencial. Além disso, é fundamental monitorar sintomas como tosse persistente, emagrecimento inexplicado e falta de ar.
A adoção de hábitos saudáveis e a vigilância médica são essenciais para reduzir o risco de câncer de pulmão. A abordagem preventiva é crucial para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.