Alimentação

Especialistas alertam para os riscos do consumo excessivo de café

Entenda a dualidade do consumo de café na rotina diária e os impactos da cafeína na saúde física e mental

Gabriel Machado
02/02/2025 às 14:08.
Atualizado em 02/02/2025 às 14:08

(Foto: Reprodução)

O café, uma das bebidas mais populares do mundo, é frequentemente associado a momentos de prazer e socialização, mas sua principal componente, a cafeína, gera discussões sobre os limites entre um hábito saudável e uma possível dependência. Enquanto muitos apreciam seu efeito revigorante, especialistas alertam para os riscos de um consumo excessivo, levantando a questão: estamos realmente aproveitando os benefícios do café ou escravizados por suas propriedades estimulantes?

Conforme a nutricionista Beatriz Fiúza, sim, ele pode ser um grande aliado para a saúde, desde que consumido de forma equilibrada e consciente. “O café pode ser um excelente aliado dentro de uma dieta equilibrada, desde que consumido com moderação. Ele não é apenas uma bebida estimulante, mas também uma rica fonte de compostos bioativos, como polifenóis e ácidos clorogênicos, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias”, listou a especialista.

Entre os principais benefícios do café, ela destaca a proteção contra doenças neurodegenerativas, além da melhora da função cognitiva e do humor. “No entanto, é sempre importante lembrar que cada pessoa tem uma tolerância diferente à cafeína e que o equilíbrio é essencial. Exceder as quantidades recomendadas pode trazer efeitos adversos, como insônia, ansiedade e aumento da frequência cardíaca. Além disso, a qualidade do café e a forma de consumo fazem diferença. Por exemplo, adicionar grandes quantidades de açúcar ou ultraprocessados ao café pode comprometer seus benefícios”, completou Fiúza.

Atuação

A cafeína atua bloqueando a adenosina, um neurotransmissor responsável por induzir a sensação de cansaço. Com esse bloqueio, há um aumento na liberação de outros neurotransmissores, como dopamina e noradrenalina – resultando em maior estado de alerta, concentração e redução da fadiga.

"As quantidades seguras variam conforme o indivíduo, mas, de maneira geral, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) considera que até 400 mg de cafeína por dia, o equivalente a cerca de quatro xícaras pequenas de café filtrado, é seguro para a maioria dos adultos saudáveis. Para gestantes e lactantes, a ingestão é menor, 200 mg por dia", destacou a especialista.

Dependência

A cafeína tem, sim, potencial para causar dependência leve, especialmente quando consumida em grandes quantidades e de forma habitual. Os sinais incluem dor de cabeça, irritabilidade, fadiga excessiva e dificuldade de concentração quando o consumo é reduzido.

"Algumas pessoas podem sentir ansiedade, tremores, irritabilidade, palpitações e insônia. Isso ocorre porque a cafeína é um estimulante e, em excesso, pode sobrecarregar o sistema nervoso", alertou Fiúza.

Ela reforça que gestantes, pessoas com ansiedade, insônia, hipertensão descontrolada e problemas gastrointestinais devem ter mais cautela ao consumir café.

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