Procedimento se tornou febre entre pessoas que buscam uma pele mais jovem e saudável
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Nos últimos anos, a bioestimulação de colágeno ganhou destaque como um dos procedimentos estéticos mais procurados, especialmente, entre celebridades que buscam uma pele mais jovem e saudável. Entretanto, com a popularização do tratamento, surgem, também, muitas dúvidas e desinformações que podem confundir o público.
Com isso em mente, o VIDA & ESTILO deste sábado (12) conversou com a médica dermatologista Patrícia Chicre Bandeira de Melo, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e professora na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A profissional esclareceu os principais mitos e verdades sobre a bioestimulação de colágeno, trazendo à tona informações cruciais para quem deseja entender melhor essa técnica.
Antes de tudo, é importante entender o procedimento. "Os bioestimuladores de colágeno são substâncias usadas de forma injetável na pele e que promovem uma reação inflamatória controlada e benéfica, fazendo com que células conhecidas como fibroblastos gerem um novo colágeno, que é a proteína que promove a sustentação, firmeza e qualidade da pele", afirmou Patrícia.
Ela reforça que as substâncias são utilizadas há anos na Medicina, com muitos estudos científicos publicados e excelente perfil de segurança - quando utilizadas por profissionais habilitados.
Entre os principais benefícios do procedimento, está a melhora da qualidade da pele, tornando-a mais firme e resistente, com evidente progresso em sua textura e suavização da flacidez facial e corporal.
Mitos e verdades
Apesar dos benefícios dos bioestimuladores de colágeno, Patrícia destaca que o efeito e a visualização dos resultados não são imediatos. "Como existe a necessidade do estímulo celular [fibroblastos], isso demanda tempo. Os primeiros resultados começam a ser observados após 30 dias do procedimento, com o ápice em torno de três meses após", pontuou.
Da mesma forma, a especialista acrescenta, a durabilidade dos resultados não é efêmera. "Ou seja, após o tratamento concluído [em média de uma a três sessões, dependendo do paciente], os resultados podem ser observados até cerca de um ano e meio após".
Diferentemente do que muitos pensam, Patrícia diz que o procedimento não é direcionado somente ao público mais velho e que a sua indicação depende, na verdade, do grau de flacidez de cada indivíduo. "É bem verdade que pessoas mais jovens precisam de menos sessões que pessoas mais maduras, mas o uso e indicação do produto não é exclusivo da maturidade. Inclusive, esse tratamento pode reduzir e muito a progressão do envelhecimento quando feito mais precocemente", explicou.
Contraindicação
Com relação à contraindicação dos bioestimuladores de colágeno, a especialista cita mulheres grávidas; pessoas com infecção de pele ou sistêmica, em atividade; indivíduos com doenças autoimunes, em atividade (doenças do colágeno); e pacientes com alergias aos componentes da fórmula.
"Os principais efeitos colaterais [do procedimento] podem ser: edema leve [inchaço], na área tratada, que é transitório. Em função do uso da cânula para aplicação do produto, podem haver leves equimoses nos locais das punturas, que são transitórias também", listou Patrícia.
Em se tratando de frequência das aplicações, ela recomenda uma a cada 30/45 dias, por um período total de três sessões. "No entanto, em pessoas mais jovens, pode ser indicado menos sessões", completou.
Pós-procedimento
Dentre os cuidados e orientações pós-aplicação dos bioestimuladores de colágeno, indica-se uma massagem na área aplicada, para promover a melhor difusão do produto.
"Essa massagem, que é feita pelo paciente e com orientação médica, pode variar de acordo com o tipo de bioestimulador que se use, pois existem diferentes marcas. O médico deve selecionar qual o melhor indicado para cada paciente", encerrou a especialista.