Especialista esclarece as principais dúvidas sobre o nutriente, ajudando a garantir uma dieta equilibrada e saudável
(Foto: Reprodução)
A proteína é um dos pilares fundamentais para a saúde humana, contribuindo não apenas para a construção e reparação muscular, mas também para a a manutenção de diversas funções corporais ao longo da vida. No entanto, com a crescente popularização de dietas baseadas em plantas e a ampla oferta de suplementos proteicos, como o whey protein e o colágeno, surgem dúvidas sobre a melhor forma de incorporar esse nutriente na alimentação.
Com isso em mente, o VIDA & ESTILO deste domingo (8) conversou com o nutricionista clínico e esportivo Victor Oliveira a respeito das nuances e mitos em torno da proteína, ajudando você, leitor, a garantir uma dieta equilibrada e saudável.
Conforme o especialista, as proteínas são nutrientes essenciais para o organismo, pois desempenham funções como a formação de tecidos; produção de hormônios e anticorpos; e manutenção da saúde dos cabelos, pele e unhas, entre outras.
“O consumo de proteínas é importante para a longevidade, pois ajuda a manter a massa muscular e a saúde das articulações. No entanto, o consumo excessivo de proteína pode ser prejudicial à saúde, devido ao consumo de gordura saturada aumentando risco cardiovascular”, acrescentou Oliveira.
Conforme o nutricionista Victor Oliveira, as proteínas são nutrientes essenciais para o organismo, pois desempenham funções como a formação de tecidos e a produção de hormônios e anticorpos. (Foto: Divulgação)
Conforme o nutricionista Victor Oliveira, as proteínas são nutrientes essenciais para o organismo, pois desempenham funções como a formação de tecidos e a produção de hormônios e anticorpos. (Foto: Divulgação)
Um dos maiores mitos referentes ao nutriente diz respeito à suposta superioridade da proteína vegetal sobre a animal. Segundo o nutricionista, a maior diferença entre as duas é que a primeira possui menor digestibilidade e menos conteúdo proteico do que a segunda. “Ou seja, deve-se ingerir maior quantidade de proteínas de origem vegetal do que animal para suprir a demanda diária do corpo”, explicou.
Para quem segue uma dieta vegetariana ou vegana, ele lista arroz com feijão, ervilha, lentilha, grão de bico e proteína texturizada da soja como ótimas opções de fontes proteicas.
Item queridinho dos adeptos de musculação e exercícios físicos, o whey protein deve ser evitado por pessoas com APLV - alergia à proteína do leite de vaca - e insuficiência renal (DRA e DRC). “Essas pessoas [com insuficiência] devem consumir pouca proteína no dia, para evitar sobrecarga e toxicidade”, destacou Oliveira. “O excesso de whey pode causar sobrecarga hepática e renal”, resumiu.
O nutricionista explica que o consumo ideal de proteína varia de acordo com a idade e necessidade de cada indivíduo.
O nutricionista explica que o consumo ideal de proteína varia de acordo com a idade e necessidade de cada indivíduo. ()
Segundo o nutricionista, outro “queridinho” , o colágeno não pode substituir outras fontes de proteína na dieta. “Ele não é uma proteína completa, pois não contém todos os aminoácidos essenciais em quantidades adequadas. Logo, não pode substituir as proteínas animais pois tem baixo valor biológico e menor disponibilidade pro organismo”, frisou.
O especialista explica que o consumo ideal de proteína varia de acordo com a idade e necessidade do indivíduo. Em dietas de emagrecimento, o regime deve ser alto em proteína, para aumentar saciedade e reduzir o catabolismo muscular, evitando perda muscular. “A recomendação da ingestão fica entre 1.6 a 2.2g/kg de proteína”, indicou.
“Enquanto que, no processo de ganho de massa muscular, devido ao superávit calórico e de carboidratos, há um efeito poupador de proteínas, sendo recomendada uma menor ingestão, de 1.2 a 1.6g/kg [de proteína]”, encerrou.