Especialista desmistifica a condição e fala sobre cuidados, prevenção e tratamentos disponíveis
De acordo com Filipe Lobão, cerca de 40% da população experimenta dor ao longo do ano (Divulgação)
A dor crônica é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada pela persistência (da dor) por mais de três meses. Por isso, é importante não somente saber identificá-la, mas, também, conhecer seus fatores de risco e tratamentos disponíveis.
O médico anestesiologista Filipe Lobão explica que a enfermidade pode ser classificada em três categorias: nociceptiva, neuropática e nociplástica.
De acordo com o especialista, cerca de 40% da população experimenta dor ao longo do ano, com uma taxa de cronicidade variando entre 7% e 40% - dependendo da população estudada.
Elas podem se manifestar, o anestesiologista adianta, por má postura, traumas, sedentarismo, predisposições genéticas, obesidade, abuso de medicações analgésicas, antecedentes de estresse psicológico, dieta inapropriada e pós-operatório, entre outros fatores.
Em segundo lugar, prevalecem as dores de cabeça, com ênfase na cefaleia tensional e na tão comum enxaqueca.
Segundo Filipe Lobão, a dor interfere em diversas funções orgânicas, levando o paciente ao sofrimento pelo aumento gradativo das incapacidades físicas.
A qualidade de vida mental também é uma consequência negativa da dor, tendendo a piorar com o passar do tempo - evoluindo com afecções psicológicas, como, por exemplo, a depressão.
No trabalho, ele destaca a dor como sendo responsável por grande aumento de absenteísmo, necessidade da mudança de função, queda na produtividade e desemprego.
Conforme Filipe, é importante ter em mente que a dor crônica pode ser de causa multifatorial e, além do uso de um amplo espectro de medicações, a área da chamada Educação com Dor é a que mais se preconiza.
Impreterivelmente, a abordagem multidisciplinar será necessária e, a depender do caso, outras especialidades entrarão na terapêutica, como: fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras, acupunturistas e educadores físicos.
Em se tratando da dor musculoesquelética - a mais prevalente de todas -, a prevenção se dá por prática constante de atividade física (com ênfase na musculação) e alimentação saudável com suplementação adequada e objetiva.
“Pacientes vítimas de traumas ou com as mais diversas patologias, bem como os pós-cirurgias, devem ficar atentos ao desenvolvimento de dor crônica a longo prazo. A terapia envolve otimização eficaz de medicações e reabilitação adequada”.
De acordo com Filipe Lobão, cerca de 40% da população experimenta dor ao longo do ano.