O descontrole glicêmico pode levar a uma série de complicações, desde fadiga e alterações de humor até doenças crônicas mais graves
A alimentação e o estilo de vida surgem como importantes fatores de risco para o aumento de glicose no sangue (Reprodução)
A glicose é frequentemente associada ao diabetes, mas a verdade é que seu controle é crucial para todos, independentemente do histórico de saúde. Embora muitas pessoas pensem que a gestão dos níveis de glicose seja uma preocupação exclusiva dos diabéticos, essa visão ignora o papel vital que esse açúcar simples desempenha em nosso corpo.
O descontrole glicêmico pode levar a uma série de complicações, desde fadiga e alterações de humor até doenças crônicas mais graves. Com isso em mente, o VIDA & ESTILO conversou com especialistas no assunto, que reforçaram a importância de manter a vigilância sobre os níveis glicêmicos.
Conforme Mário, ingestão abusiva de carboidratos e bebidas alcoólicas podem elevar a glicemia em até 160 mg/dL - sendo o normal até 99 mg/dL. “O uso de alguns medicamentos também podem elevar a glicemia, como o grupo dos corticóides e alguns diuréticos, como a hidroclorotiazida”, acrescentou.
A alimentação e o estilo de vida surgem como importantes fatores de risco para o aumento de glicose no sangue. Por isso, é importante seguir à risca algumas práticas. “A dieta equilibrada com seis colheres de sopa de carboidratos por refeição [arroz, batata, feijão etc.] é, em média, o necessário para um homem adulto de 70 a 80 kg”, indicou Mário.
O médico clínico geral pós-graduado em Nutrologia, Thales Stein Schincariol, alerta para os primeiros sinais que podem indicar descontrole da glicose. “O primeiro deles é o aumento de peso. (...) Então, nos exames, você começa, primeiro, a ter um aumento dos triglicerídeos, começa a ter uma dificuldade maior para controlar o peso e, clinicamente falando, dores de cabeça, muita sede, começa a despertar à noite para fazer xixi”, frisou.
De acordo com Thales, a sensação de cansaço e fadiga, aliada à uma maior procrastinação, pode indicar que o paciente não esteja conseguindo gerar energia suficiente, aumentando os níveis de glicose.
Existem exames recomendáveis para pessoas não-diabéticas monitorem sua glicose - prevenindo, assim, possíveis problemas de saúde no futuro.
Além deles, há o triglicerídeos, que possibilita ao médico analisar o perfil de reserva de glicose.
Para aquelas pessoas que visam melhorar a saúde metabólica, a fim de evitar complicações futuras, Thales orienta buscar ajuda de um profissional, seja ele nutricionista, nutrólogo ou personal trainer. “A gente não foge do básico. É importante dormir bem, se alimentar bem, ter uma dieta coerente e compatível com os seus hábitos de vida, tirando os excessos”, ressaltou.
Tudo isso aliado, é claro, à atividade física. “Exercícios físicos, uma boa alimentação, um bom sono e se hidratar bem, não tem erro. Você vai se sentir bem e vai evitar complicações como diabetes ou qualquer outra doença metabólica”, encerrou.