Nutrição

Como o seu corpo avisa que você está com deficiência de vitamina D?

Diminuição da força muscular, fraqueza nos ossos e baixa imunidade são sinais de alerta e possíveis causas da baixa quantidade do nutriente no organismo

Rebeca Beatriz
online@acritica.com
05/10/2024 às 14:38.
Atualizado em 05/10/2024 às 14:38

A deficiência de vitamina D pode causar um distúrbio ósseo denominado raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos (Divulgação)

A vitamina D tem um papel crucial na saúde, estando diretamente relacionada à absorção de cálcio, à função imunológica e à saúde óssea. No entanto, a deficiência dessa vitamina se tornou uma preocupação entre profissionais de saúde.

Um estudo publicado pelo jornal científico inglês Journal of the Endocrine Society mostrou que mais de 50% dos entrevistados em uma pesquisa realizada com mais de 1.000 brasileiros, apresentaram níveis insuficientes de vitamina D no organismo, e outros 15%, tinham deficiência desse nutriente.

O médico Kenit Minori explica como a vitamina D influencia no funcionamento do organismo humano. “No intestino, a vitamina D estimula a absorção de cálcio e fósforo. Sem ela, apenas 10% a 15% do cálcio e 60% do fósforo da dieta são absorvidos. Em quantidade suficiente, vitamina D aumenta em 30-40% a absorção do cálcio e em 80% a do fósforo”.

Kenit destaca, ainda, o que acontece no organismo quando os níveis desse nutriente estão em baixa. “Se não houver uma quantidade suficiente de cálcio e fosfato disponível para manter os ossos saudáveis, a deficiência de vitamina D pode causar um distúrbio ósseo denominado raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos. Na osteomalácia, o organismo não incorpora a uma quantidade suficiente de cálcio e outros minerais nos ossos, o que causa o enfraquecimento dos ossos”.

Reconhecer os sintomas e entender como tratar essa condição é fundamental para garantir o bem-estar. 

Como tratar?

Nutriente encontrado principalmente na luz solar, a vitamina D é produzida quando a pele é exposta aos raios ultravioletas. A quantidade de vitamina D que a pele pode produzir varia de acordo com fatores como o tempo de exposição, a hora do dia e cor da pele.

Apesar de exposição ao sol ser a maneira mais eficaz de manter os níveis de vitamina D equilibrados no organismo, alguns cuidados são necessários, conforme explica a dermatologista Suzi Maron.

“Nós, como dermatologistas entramos neste contexto porque muitos dos sintomas que o paciente pode apresentar se manifestam em pele e principalmente anexos cutâneos que são cabelos e unhas. Então, não é incomum a gente achar deficiência de vitamina D em casos de queda de cabelo. O recomendado é que haja exposição de alguma parte corporal, como pernas e braços. O rosto sempre deve ser protegido, e, essa exposição deve ser cronometrada, de cinco a dez minutos, no máximo, num horário por volta de meio-dia, quando ocorre o alinhamento da radiação ultravioleta”, diz.

A vitamina D também pode ser obtida por meio de alimentos como peixes, gema de ovo, leite, iogurte e cereais fortificados. Outra abordagem envolve a suplementação, que só deve ser realizada com orientação médica. A dica, de modo geral, é realizar exames de sangue periodicamente, além de manter hábitos saudáveis, como alimentação rica em nutrientes, prática de atividades físicas, exposição adequada ao sol e controle do estresse.

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