No próximo dia 17 de dezembro (data de fundação da instituição), será realizada missa em Ação de Graças pelo Jubileu de Prata da associação.
(Divulgação)
A Casa Vhida - Associação de Apoio às Crianças e Adolescentes com HIV, completa 25 anos de atuação dedicada ao atendimento de crianças e adolescentes que vivem com HIV/Aids no Amazonas. No próximo dia 17 de dezembro (data de fundação da instituição), será realizada missa em Ação de Graças pelo Jubileu de Prata da associação.
De acordo com Iêda Carvalho, diretora de comunicação e marketing da instituição, as comemorações devem se estender por todo o ano de 2025.
Uma jornada de solidariedade
A Casa Vhida foi fundada em 1999 a partir de um grupo de profissionais, envolvidos no atendimento de crianças portadoras do HIV, na Fundação de Medicina Tropical – Dr. Heitor Vieira Dourado. As crianças vinham de famílias em situação de pobreza e somente os medicamentos não eram suficientes para sua recuperação. Era preciso fazer mais para atender às demandas de vulnerabilidades nutricionais e sociais.
A partir daí, esse grupo de voluntários, iniciou a distribuição de leite, numa tentativa de ajudar a melhorar as condições nutricionais dos pacientes. No entanto, devido ao crescente número de crianças infectadas, surgiu à ideia de se criar um ambiente propício para tal atendimento.
O prédio abriga, até hoje, a sede da Casa Vhida e está equipado com salas de aula, área externa com mini-quadra para atividades esportivas e jardim, área de atendimento médico, consultório odontológico, sala de atendimento psicológico e social, refeitório amplo, sala de atividades lúdicas, além de dormitórios.
A associação está inscrita no Conselho Municipal da Criança e Adolescente, sob o número 023/2002, e a inscrição do Conselho Municipal de Assistência Social, sob o número 014/2003.
Um oásis de atenção e cuidado
Ao longo desses 25 anos, a Casa Vhida funciona como um oásis de atenção e cuidado para esses menores e impacta a vida de milhares de famílias, proporcionando atendimento médico complementar, odontológico, psicológico, social e nutricional para seus beneficiários. A diretora-presidente da instituição, a médica Solange Andrade, comentou sobre importância de manter a instituição funcionando por mais de duas décadas.
“Durante esses 25 anos, enfrentamos dificuldades constantes para garantir os recursos necessários e oferecer um espaço de acolhimento e apoio às nossas crianças e adolescentes. Apesar de desafiador, foi também gratificante ver o quanto evoluímos em relação ao tratamento e cuidados na abordagem desses menores e hoje convivemos com jovens adultos que conseguiram chegar até idade adulta”, afirmou.
Alguns suportes oferecidos para os beneficiários são:
Sobre o público da instituição
As crianças são infectadas pelo vírus da Aids por meio da chamada "transmissão vertical", que ocorre de mãe para filho. Essa transmissão pode acontecer durante a gravidez, no parto ou através do aleitamento materno. Este é um problema de escala global: em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que cerca de 1,5 milhão de crianças menores de 15 anos viviam com HIV/Aids.
De acordo com o boletim epidemiológico sobre HIV e Aids no Brasil, publicação do Ministério da Saúde - com dados de 2022 -, apesar de registar queda em relação à série histórica, o Amazonas ainda ocupa a quinta posição entre as maiores taxas de detecção de gestantes com infecção pelo HIV. O ranking é liderado pelo Rio Grande do Sul (1º colocado) e seguido por Roraima (2º), Santa Catarina (3º), Rio de Janeiro (4º) e Amazonas (5º).
Em relação à transmissão vertical, o Amazonas – que já foi o 2º colocado em levantamentos anteriores –, com a melhoria dos serviços de prevenção, obteve uma redução desse índice e caiu para 10ª colocação na atualidade.