ciência e conhecimento

Bosque da Ciência realiza exposição que mostra comportamento de mosquitos que transmitem arboviroses

O público vai explorar os comportamentos e característica dos mosquitos que transmitem as arboviroses (doenças causados por vírus transmitidos por mosquitos). Os dias e horários de visitação vão de terça a domingo, das 9h às 16h30

Lucas Motta
online@acritica.com
26/11/2024 às 12:58.
Atualizado em 26/11/2024 às 14:04

Na mostra, o público vai explorar os comportamentos e característica dos mosquitos que transmitem as arboviroses. (Junio Matos)

O Bosque da Ciência inaugura nesta quarta-feira (27) a exposição inédita Aedes e Anopheles: Que mosquitos são esses?. A mostra é fruto de uma parceria entre o Museu da Vida da Fiocruz e a SC Johnson.

A exposição foi montada dentro do Paiol da Cultura, no bosque do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) - Avenida Bem-te-vi, Petrópolis, Zona-Sul - e vai ser oficialmente aberta para visitação gratuita nesta quarta-feira. Na mostra, o público vai explorar os comportamentos e característica dos mosquitos que transmitem as arboviroses (doenças causados por vírus transmitidos por mosquitos). Os dias e horários de visitação vão de terça a domingo, das 9h às 16h30 e seguem até o dia 27 de novembro de 2025. 

As informações estão em painéis e elementos interativos divididos em módulos temáticos: “Desvendando o Aedes”, “Dengue”, “Zika”, “Chikungunya”, “Febre Amarela”, “Conhecendo os vírus” e “Pesquisa em busca de soluções e controle – esforço conjunto”. Há ainda uma seção chamada “Desvendando o Anopheles”, que traz informações sobre a malária e o mosquito transmissor da doença. Além disso, há um jogo da memória, que reforça a importância de se manter protegido dos mosquitos, e um quiz sobre as diferenças entre a dengue e a malária, que reforçam os aprendizados da exposição.

A mostra é uma iniciativa do Museu da Vida Fiocruz, realizada em parceria com a Fiocruz Amazônia, com gestão cultural da Associação de Amigos do Museu da Vida Fiocruz e patrocínio da SC Johnson. Segundo a chefe do serviço de itinerância do museu, Fabíola Mayrink, ter montado a exposição em Manaus foi uma iniciativa necessária em vista da condição endêmica da cidade para as arboviroses. 

“A relevância dela é na possibilidade da divulgação da ciência de forma mais acessível para todos os públicos. A gente tá com muitos casos, infelizmente, de dengue em todo o país e aqui [Manaus] a malária é muito forte por ser endêmica da região” explicou.

Segundo a chefe do serviço de itinerância do museu, Fabíola Mayrink, ter montado a exposição em Manaus foi uma iniciativa necessária em vista da condição endêmica da cidade para as arboviroses.

 Casos de Arboviroses  

De acordo com o último boletim epidemiológico do Amazonas, divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do estado (FVS-RCP), são 34.379 notificados casos suspeitos de arboviroses entre o 1º de janeiro e o dia 31 de outubro. No balanço de diagnósticos positivos (por critério laboratorial ou clínico-epidemiológicos) 6.666 são de dengue, 27 de chikungunya, 74 de zika, 3.182 casos de febre Oropouche, 126 casos de febre do Mayaro.
 
No Amazonas, são 5 óbitos por dengue, sendo 2 em Manaus, 2 em Lábrea e 1 em Jutaí. Na lista de municípios do Amazonas com maior quantidade de casos notificados para arboviroses nos últimos 30 dias há Tefé (176), Manaus (130), Guajará (108), Jutaí (57), Envira (53), Tabatinga (19), Manacapuru (12), Ipixuna (10), Humaitá (8), Presidente Figueiredo e Benjamin Constant (7). 

A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), Marinélia Ferreira, a região passa pelo período sazonal de arboviroses e exposição pode desempenhar um papel fundamental na diminuição dos novos casos dessas doenças e com isso reduzir também os casos graves em pacientes mais vulneráveis. 

“No período chuvoso, aumenta o número de focos de proliferação dos mosquitos na zona urbana e com isso a possibilidade da transmissão da doença. A exposição vem com informações importantes para combater esses focos. Com menos vetores, menor número de mortes, menor número de casos graves” disse.

Para Marinélia Ferreira, diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), a exposição pode desempenhar um papel fundamental na diminuição dos novos casos dessas doenças.

 Educação e prevenção

No mês em que é celebrado o Dia Nacional de Combate à Dengue, a SC Johnson dá início à campanha “Adeus Mosquito”. O programa teve início na Argentina em 2016, como resposta a um grave surto de dengue, e se expandiu para outros países da América Latina, como México, Peru e, agora, Brasil. Mais de dois milhões de famílias já foram impactadas em toda a região, e o programa contou também com a doação de mais de 1 milhão de repelentes.

Em Manaus, o “Adeus Mosquito” será implementado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), terá patrocínio da SC Johnson e atenderá, inicialmente, mais de 30 mil famílias nas comunidades do entorno da capital amazonense com repelentes fabricados pela SC e distribuídos de forma gratuita. Além disso, a FAS vai promover a conscientização e o treinamento das comunidades para que elas saibam como se previnir das arboviroses. 

“Nós vimos nisso uma oportunidade de levar esse conhecimento para os nossos parceiros em comunidades, estamos presente em mais de 580. Temos que fazer parte da solução e sermos os transmissores, no bom sentido, de saúde” disse a superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidade da FAS, Valcléia Lima.

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