Gasolina vai ficar mais cara após aumento de imposto estadual, mas preço não reduziu mesmo com queda na refinaria de Manaus
Postos de combustíveis em Manaus mantém preço da gasolina em R$ 6,99 (Foto: Nilton Ricardo)
Prestes a sofrer um reajuste após o aumento do ICMS (imposto estadual), o preço da gasolina se manteve em R$ 6,99, em Manaus, ao longo de todos os meses de dezembro e janeiro, apesar de o combustível ter ficado R$ 0,22 mais barato na Refinaria da Amazônia (Ream), do Grupo Atem.
A empresa de refino divulga o preço do combustível vendido às distribuidoras todas as sextas-feiras. Em 6 de dezembro de 2024, a gasolina custava R$ 3,91 na Ream. O valor oscilou ao longo dos dois meses seguintes até chegar a R$ 3,69 no último dia 31 de janeiro - valor praticado atualmente.
A queda acumulada de 5,6% levou o preço do derivado de petróleo ao menor nível em três meses. O valor mais baixo anteriormente havia sido de 4 de outubro de 2024, quando estava a R$ 3,59.
Ainda assim, a capital amazonense continua a comprar o litro da gasolina por R$ 6,99. O preço coloca Manaus como a terceira capital com a gasolina mais cara do país, atrás apenas de Porto Velho (RO), com R$ 7,09, e Rio Branco (AC), com R$ 7,45. Todas as três cidades do Norte são abastecidas pela Ream, que opera em Manaus.
Embora seja possível saber o preço do combustível vendido diretamente pela refinaria, os valores praticados pelas distribuidoras, que são as responsáveis por vender a gasolina aos postos, não são divulgados. Essa ausência de transparência na cadeia de distribuição dificulta o acompanhamento dos custos ao longo do processo.
O preço da gasolina está congelado momentaneamente, já que a qualquer momento pode sofrer reajuste em razão do aumento de R$ 0,10 na incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O tributo estadual terá aumento em todas as unidades da federação após aprovação da mudança pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários de Fazenda dos governos estaduais.
A reportagem procurou o Sindicato Estadual do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis-AM), mas não obteve retorno. O espaço continua aberto para manifestações.