Vice-prefeito eleito e atual prefeito em exercício da capital amazonense sai em defesa de ex-vereadores não eleitos que foram nomeados para cargos na prefeitura. Para ele, o que importa é se trabalha ou não.
“Será que porque a pessoa foi candidata [na eleição de 2024] ela não pode ser nomeada [para um cargo]?” (Paulo Bindá)
O vice-prefeito de Manaus, Renato Júnior (Avante), atualmente prefeito em exercício da capital, saiu em defesa das recentes nomeações de ex-vereadores não eleitos para cargos na prefeitura de Manaus e na Câmara Municipal. Para ele, que rechaça as críticas, o debate deveria ser sobre se o trabalho é feito ou não.
Ao longo de janeiro, ele exercerá a função de prefeito até o retorno de David Almeida (Avante) do recesso. Com agenda intensa, Renato Júnior tem visitado obras, novos secretários da gestão e lidado com a repercussão do anúncio de reajuste na passagem de ônibus.
Para A CRÍTICA, ele afirmou que suas atuais pretensões políticas se concentrarão no mandato para o qual foi eleito em 2024. Sobre a possibilidade de concorrer em 2028, ele disse que seu futuro político está sob comando “primeiramente de Deus e em segundo do meu líder político, que é o prefeito David Almeida”.
Vice-prefeito esteve na Tv A Crítica falando sobre metas para a próxima gestão na Prefeitura de Manaus
O vice-prefeito acumula dois cargos por indicação. O primeiro é o de titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), no qual já atuava na primeira gestão, e agora também na diretoria do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).
É neste ultimo órgão que ele tem acompanhado de perto a discussão sobre o reajuste da tarifa de ônibus. E descarta a possibilidade de aumentar os subsídios para não repassar o custo extra aos passageiros.
Nós encaramos os desafios de frente. Eu já fui secretário de Feiras e Mercados, um grande desafio para a minha vida. Também secretário de Obras, onde a gente tem aprendido muito com a equipe técnica da Seminf e também com todos aqueles que fazem parte na comunidade também. A Secretaria de Obras é muito cheia de peculiaridades. Cada bairro, cada comunidade, nós temos algumas peculiaridades diferentes. Isso nos gabaritou a chegar onde nós chegamos, juntamente com a benevolência e generosidade do prefeito David Almeida, graças a Deus e ao povo de Manaus, a gente chegou aqui a ser vice-prefeito de Manaus, hoje prefeito em exercício da cidade.
Com relação ao IMMU e ao Seminf, nós continuaremos com todas as ações, agora, dentro da medida do possível, de forma integrada. O que nós queremos? Dar uma melhoria para o trânsito da cidade de Manaus. Sabemos que há uma reivindicação do povo com relação aos congestionamentos e, para tanto, nós iremos trabalhar diuturnamente para que esses pequenos gargalos sejam resolvidos em tempo hábil. Com relação ao transporte de passageiros, o prefeito David já colocou 420 novos ônibus na cidade de Manaus e nós estamos prevendo pelo menos mais 200 ônibus para os próximos quatro anos. Ou seja, nós iremos avançar ainda mais na qualidade do serviço do transporte coletivo.
“Nós, aqui na prefeitura, na gestão do prefeito David Almeida, prezamos por transparência”
Com relação à Secretaria de Obras, continuaremos com o Asfalta Manaus. Tão logo chegue o verão, a gente vai voltar. Por enquanto, a gente está fazendo as manutenções viárias dentro daqueles pontos que estão abrindo naturalmente por conta da quantidade de água, de chuva que tem se abatido sobre a cidade. Eu não tenho nenhuma dúvida que, para dar certo, à frente do cargo de vice-prefeito, secretaria de Obras e também presidente do IMMU, se a receita do bolo para dar certo for trabalhar, tenho a certeza que o bolo vai ficar pronto e vai ficar gostoso.
Esse número é altamente técnico, ele não pode ser em cima de um achismo. Eu prefiro esperar os nossos técnicos terminarem todas as análises que estão sendo feitas e daí, com as informações em mãos, tomar essa decisão. É claro, sempre pensando no nosso bem maior, no nosso patrão, que é o povo de Manaus. Então, o nosso cuidado vai ser em ter um valor que seja justo para que o sistema e os trabalhadores do sistema consigam receber os seus salários sem atraso, mas também que caibam no bolso dos passageiros.
Não. Aumentar o subsídio nós não temos condições, senão fica uma dívida interminável, uma conta que não fecha. Nós já subsidiamos de R$ 30 a R$ 40 milhões por mês, flutua esse valor por conta do sistema. Quanto mais pessoas rodam no sistema de transporte coletivo, menos a gente paga de subsídio. É o valor de um viaduto por mês. Então, nós não temos como. Se nós tivermos que usar esse recurso, vai ser para fazer novos viadutos e intervenções na cidade de Manaus.
Não tenho nenhuma dúvida, nós estaremos com os técnicos colocando isso para que a população e toda a imprensa possa ter acesso às informações. Nós aqui, na Prefeitura de Manaus, na gestão do prefeito David, prezamos por transparência, e a minha chegada a esse instituto é justamente para que isso seja realmente colocado para a população analisar e ver e, com muita tranquilidade, nós tomaremos juntos essa decisão.
“Se nós tivermos que usar esse recurso, vai ser para fazer novos viadutos e intervenções”
Essa cobrança de melhoria dos veículos e melhoria do transporte coletivo já está sendo feita desde o primeiro dia do primeiro mandato do prefeito David. Então sim, essas melhorias já estão acontecendo, e essas melhorias têm um custo. Esse custo já é colocado e embutido no valor das passagens.
Nós estamos com uma tecnologia de ponta com relação aos radares. É completamente auditável, ou seja, a pessoa que se sentiu injustiçada entra com um processo interno dentro do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana, tem o Jari [Junta Administrativa de Recurso de Infração] que vai fazer essa análise e demover ou não aquela autuação.
O Jari é um setor que cuida dessa parte para ver se foi ou não devida aquela multa.
Eu não vejo como críticas, eu acho que tem todo tipo de olhar. Por exemplo, eu recebi já muitas críticas, naturalmente, pelas funções que eu ocupo. Agora, a crítica que precisa ser feita é se a pessoa trabalha ou não. Eu sou uma pessoa que hoje sou vice-prefeito da cidade de Manaus, mas ninguém pode dizer assim: “o Renato não trabalha”. É público e notório na minha rede social, em todos os cantos, é divulgado amplamente o meu ritmo de trabalho, o meu volume de trabalho, e o prefeito David Almeida tem um time de pessoas comprometidas para dar retornos para a população. Retorno de que forma? Trabalhando. Então, será que porque a pessoa foi candidata ela não pode ser nomeada? Eu vi até vereador falar, reclamar, mas o vereador está reclamando porque uma pessoa foi candidata a vereador, será que ele quer eliminar adversários da próxima eleição? Tem que entender o que está por trás dessas matérias, porque é completamente inevitável. Se o cargo é público, é político, tem eleição para estar no cargo, tem ali nomeações políticas e eu estou reclamando porque o cara foi candidato, a mulher foi candidata? Não entendi. Pode ver que não há cabimento nem para um assunto como esse, e essa matéria tem com certeza outro tipo de teor ou de intuito. Até me espanta uma pergunta como essa, realmente é a primeira vez que eu estou recebendo [um questionamento] em relação a isso.
Mas os críticos de outras gestões não podem pautar a imprensa. A imprensa tem que ser pautada com a verdade, tem que estar pautada com os assuntos e com o resultado que, sem sombra de dúvidas, a gestão do prefeito David entrega e dedica à cidade de Manaus.
Vice-prefeito e, atual prefeito em exercício, Renato Junior
Eu tenho pretensão de fazer esse mandato junto com o prefeito David, com muito trabalho. Essa é a pretensão. Com relação a planos políticos futuros, o meu futuro político está sob o comando primeiramente de Deus, segundo do meu líder político que é o prefeito David Almeida.