cerimônia de posse

Regularização fundiária e cidadania estarão na pauta da próxima gestão do TJ-AM

Desembargadores citaram ainda a possibilidade de realizar novo concurso público

Lucas dos Santos
poltica@acritica.com
09/01/2025 às 18:40.
Atualizado em 09/01/2025 às 18:40

Desembargador Jomar Fernandes, novo presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (Foto: Paulo Bindá)

Os desembargadores Jomar Fernandes, Airton Gentil e Hamilton Saraiva, que tomaram posse nesta quinta-feira (9) como a nova gestão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) para os próximos dois anos, destacaram em coletiva de imprensa que continuarão os esforços para continuar a regularização fundiária e o aumento da presença do Judiciário no interior do estado.

Eleito para a presidência da Corte, Jomar Fernandes destacou que o Amazonas é o estado mais atrasado na questão fundiária e que os poderes possuem uma “dívida secular” com a população do interior.

“Assim que assumi, em janeiro de 2022, a corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado, eu imediatamente criei um núcleo de governança e regularização fundiária e fui buscar apoio, também imediatamente, com parceiros institucionais. Conversei com o governador Wilson Lima (União), e ele imediatamente aderiu à minha proposta de fazermos um termo de cooperação técnica. E daí em diante, avançamos muito”, disse.

Segundo o desembargador, nos últimos dois anos, a Justiça conseguiu entregar aproximadamente 12 mil títulos registrados, indo na contramão do que ocorria antes, quando apenas os títulos definitivos eram entregues sem o devido registro em cartório. Fernandes destaca que a parceria com o governo estadual deve continuar, agora sob a direção do novo corregedor, desembargador Hamilton Saraiva.

À imprensa, Saraiva, ressaltou que a corregedoria levará adiante os projetos iniciados na gestão de Jomar Fernandes, “dando cidadania ao povo amazonense do interior”, que possui o grave problema de falta de documentação.

“Já entrei em contato com o Ministério Público de Roraima para buscar essa aproximação, para atingirmos todos os mais longínquos rincões do nosso Amazonas. Tentaremos levar todos esses projetos, porque são projetos que realmente deram cidadania a esse povo. É inimaginável que em um estado como o nosso, em pleno século XXI, as pessoas não tenham um documento de identidade que viabilize ser atendido na saúde. Pessoas que sofriam dificuldades financeiras não podiam ser abrangidos pelos projetos sociais do governo federal”, disse.

Novas ideias e convocações

Jomar Fernandes apontou que um dos projetos que deverá buscar é a resolução da falta de conectividade nas comarcas do interior por meio da aquisição de antenas para conexão via satélite. Também está na lista a construção de fóruns no interior para que a Justiça possa receber a população, além da reestruturação de pessoal, que no momento é insuficiente.

“Temos alguns outros projetos, mas que dependerão, obviamente, de conversas com os outros poderes institucionais e, para executá-los, eu vou ter que sentar com o Hamilton e com o Airton para sabermos de que forma [faremos isso]”, disse.

O novo presidente mencionou a possibilidade de haver um novo concurso público para preencher os espaços necessários no TJ-AM. Segundo ele, já está em curso um novo chamamento de magistrados para a Corte, com edital já publicado.

“Com relação ao pessoal, nós, nos últimos três meses, encerramos as contratações dos últimos concursados. Agora, os levantamentos pelo setor técnico já estão sendo feitos para saber a efetiva necessidade de nós fazermos um novo concurso”, concluiu.

Posse

Jomar Fernandes, Airton Gentil e Hamilton Saraiva tomaram posse durante solenidade nesta quinta-feira no Teatro Amazonas. O evento, que atraiu considerável parcela das classes política e jurídica do estado, foi consagrado com a entrega do termo de posse das mãos da gestão anterior: a presidente Nélia Caminha Jorge e a vice-presidente Joana dos Santos Meirelles.

A solenidade contou com a participação do governador Wilson Lima, do ministro Mauro Campbell Marques, corregedor-nacional de Justiça, da ministra Maria Elizabeth Torres, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), deputado Roberto Cidade (União), do deputado federal Amom Mandel (Cidadania) e do senador Plínio Valério (PSDB), ambos representando a bancada federal.

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