Em entrevista para A CRÍTICA, a ex-superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Rebbeca Garcia, avaliou que “o maior risco” para o Polo Industrial “já passou”
(Foto: Jeiza Russo)
Em entrevista para A CRÍTICA, a ex-superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Rebbeca Garcia, avaliou que “o maior risco” para o Polo Industrial “já passou”, se referindo aos decretos federais assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que reduziram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em todo o país, retirando competitividade do modelo econômico amazonense.
“Naquele período, acho que todos ficamos preocupados, mas acredito que hoje está tranquilo, vamos aguardar. Temos sempre que estar preocupados, já que o sucesso do nosso modelo depende do entendimento de quem está no governo federal, mas acho que o maior risco já passou”, disse Rebecca, que também é ex-deputada federal.
Em meio à suspensão dos decretos que reduziram o IPI em uma ação no Supremo Tribunal Federal, em setembro, o governo publicou um novo decreto, preservando produtos que representam 95% a 97% do faturamento do Polo. Porém, empresas que ficaram de fora ainda tentam retomar os incentivos que possuíam anteriormente.
“Tem um novo governo aí, acho que tudo vai ser reavaliado. Temos nossa bancada federal que está no debate. Eu me sinto tranquila”, afirmou Rebbeca.
A ex-parlamentar participou, ontem, do 2º Festival de Investimento de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia (FIINSA), e falou sobre a importância de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para a economia da região.
“O Polo Industrial tem que se adequar às novas tecnologias e tem feito isso com muita competência, há investimento por parte da empresas. A bioeconomia nasce com muita força e precisamos nos apropriar disso, e o Polo é um grande parceiro nessa área”, pontuou.