Inclusão

Orientações serão traduzidas para o Nheengatu aos eleitores indígenas da 62ª Zona Eleitoral

Cartazes, banners e informativos foram produzidos na língua, para que os povos originários exerçam o direito à cidadania com o respeito à sua diversidade cultural

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05/10/2024 às 15:01.
Atualizado em 05/10/2024 às 17:06

O casal Pedro Brito, da etnia Tariana, e Clara Dias, da etnia Tukano, exibem os seus títulos de eleitor (Chico Batata/Divulgação)

Neste domingo, 6 de outubro, os eleitores da 62.ª Zona Eleitoral, uma das maiores da capital amazonense, vão às urnas. A zona, que abrange parte da zona Norte da cidade e localidades da zona rural, tem uma logística diferenciada para atender seus mais de 2 mil eleitores, sendo que mais de 50% deles são autodeclarados indígenas.

Um dos destaques desta eleição da 62. Z.E. é a Escola Municipal Santa Rosa II, localizada no Parque das Tribos, que abriga 36 etnias de povos originários. E uma medida foi tomada para que todos os eleitores indígenas possam exercer seu direito de voto de maneira tranquila e consciente.

Foram produzidos cartazes, banners e informativos em Nheengatu, uma das principais línguas faladas na região Amazônica. Esses materiais fornecem orientações sobre o processo eleitoral, listas de candidatos e instruções sobre como votar, adaptando o conteúdo à realidade cultural dos eleitores.

De acordo com Dalton Pedrosa, da equipe do TRE/AM que estará atuando nessa Z.E., a Escola Santa Rosa II está pronta para receber os eleitores. As salas de aula já estão preparadas, os equipamentos e urnas foram testados, e todo o local está equipado para garantir uma eleição organizada.

Os locais de votação estão devidamente equipados (Chico Batata/Divulgação)

Eleitores

Entre os eleitores que enfrentarão desafios para votar está o casal Pedro Brito, da etnia Tariana, e Clara Dias, da etnia Tukano. Eles saíram de uma comunidade ribeirinha no Rio Negro, a cerca de 50 quilômetros de Manaus, enfrentando dificuldades devido à seca histórica deste ano, que isolou a região onde vivem.

Tradicionalmente, a viagem até a capital era feita de barco, mas, devido ao baixo nível dos rios, Pedro e sua família precisaram caminhar por quase duas horas pelo leito seco na última sexta-feira até alcançar o Igarapé do Tarumã, antes de seguirem ao Parque das Tribos.

A presença de eleitores indígenas, como Pedro e Clara, destaca a importância da inclusão e do respeito às diversidades culturais no processo eleitoral, refletindo o esforço contínuo da Justiça Eleitoral para que todos possam exercer plenamente seu direito à cidadania.

  

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