Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa para que o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima do Comando Militar do Planalto (CMP) fique detido na capital amazonense onde sua família mora
Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília (Foto: Divulgação/Exército)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (4), a transferência do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, para o 7.º Batalhão de Polícia do Exército, em Manaus. A informação é do Estadão.
De acordo com a reportagem, Moraes aceitou o pedido da defesa para que o acusado fique detido na capital amazonense onde sua família mora. Hélio é um dos militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro conhecidos como “kid pretos”. Em novembro do ano passado, Hélio foi preso durante a Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
A operações prendeu três militares, um general reformado e um policial federal. Ambos investigados por suposto planejamento de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT).
Os presos foram indiciados pela PF no inquérito no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de tentativa de golpe. O caso está na Procuradoria-Geral da República (PGR) e aguarda decisão do procurador-geral, Paulo Gonet, sobre a denúncia dos acusados ao STF.
Além do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, também estão presos em Brasília, o general da reserva do Exército Mário Fernandes - ex-secretário-executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro - e o major Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Segundo a PF, os “kids pretos” Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo teriam atuado no núcleo operacional do plano golpista. Eles teriam agido sob o comando do general Mário Fernandes e com o suporte do policial federal Wladimir Matos Soares,
A PF também informou que dados obtidos nos celulares de Hélio indicam que ele teria monitorado Moraes entre os dias 21 e 23 de novembro de 2023, após participar de uma reunião na casa do ex-ministro Walter Braga Netto, general da reserva do Exército, em Brasília. Nessa reunião, teriam sido definidas as necessidades iniciais de logística e orçamento de gastos para as ações clandestinas.