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Marcelo Ramos oficializa pré-candidatura na sede do PT em Manaus

O partido debateu estratégias e fez críticas a Bolsonaro e seus aliados no Amazonas

Emile de Souza
online@acritica.com
06/04/2024 às 16:51.
Atualizado em 06/04/2024 às 17:18

O pré-candidato Marcelo Ramos aproveitou a oportunidade para agradecer ao PT pela representação enquanto estava ausente de cargos políticos (Paulo Bindá)

Marcelo Ramos e Zé Ricardo, oficializaram na manhã deste sábado (06), suas pré-candidaturas a prefeito e vereador, respectivamente. O anúncio aconteceu durante um evento na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na Av. Constantino Nery. Outros nomes foram apresentados pelo partido durante a reunião, mas a lista oficial de pré-candidatos só estará disponível no domingo. 

O anúncio aconteceu durante um evento na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na Av. Constantino Nery (Paulo Bindá)

 Conforme o presidente do PT em Manaus, Valdemir Santana, para a vereança são 14 vagas disponíveis e 5 pré-candidaturas são de mulheres, Cristiane Sales, Dulce Sena, Patricia Carvalho Rodrigues, Maria Ione Alves e Camila do movimento estudantil.

Alguns nomes estavam cotados para a pré-candidatura a prefeito, mas com o anúncio de Ramos, os concorrentes, Sassá da Construção Civil, Luiz Borges e Valdemir Santa, decidiram deixar as prévias e apoiar Marcelo Ramos.

“Temos que lutar para representar quem votou no Lula nas eleições e fazer uma resistência e estamos planejando para ter mais representação. Nesse momento, eu estou retirando minha pré-candidatura a prefeito e eu queria que o meu amigo Marcelo aceitasse o meu lugar, que nem fez o companheiro Borges, que nem a companheira Anne, que nem o companheiro Sinésio, que nem o companheiro Sassá. Estou fazendo o que Sassá fez mais cedo, eu vou tirando pra você, na casa”, disse Valdemir.

Presidente do PT em Manaus, Valdemir Santana (Paulo Bindá)

 A decisão para alguns foi tomada de forma estratégica,

“Optamos por retirar a candidatura para sair uma unidade aqui do partido em torno do companheiro Marcelo Ramos e qu

e a gente possa vencer a prefeitura de Manaus” Luiz Borges.

O pré-candidato Marcelo Ramos aproveitou a oportunidade para agradecer ao PT pela representação enquanto estava ausente de cargos políticos. 

“A minha história será escrita daqui por diante do Partido dos Trabalhadores. Mas ela só poderá ser escrita porque vocês mantiveram todas as páginas desse livro intactas até que eu pudesse chegar aqui. Então, a primeira palavra é de reconhecimento à trajetória de militância do Partido dos Trabalhadores e de cada um de vocês”, disse.

A 'bêncão' de Lula

Ramos contou que antes de se filiar ao partido, esteve com o presidente Lula para conversar e explicou como aconteceu o momento de decisão.

“Então, efetivamente ser pré-candidato a prefeito de Manaus não fazia parte da minha vida, mas sexta-feira começou no Rio. Terça de manhã a presidente Gleice (presidente nacional do PT) me ligou meio dia, aí eu peguei um voo pro Rio e na terça-noite eu tive uma conversa de um minuto com o presidente Lula, tentei argumentar e ele só disse: ´tu topa ou não topa ser pré-candidato a prefeito em Manaus pelo PT?´ Aí tentei argumentar e ele, ´topa ou não topa?´ Falei que topava e ele disse, ´então vamos tirar uma foto´ e acabou. A partir disso vim conversar com quem faz isso tudo acontecer aqui”, comentou Ramos.

Marcelo Ramos e Lula em ato de filiação de Anielle Franco ao PT (Foto: Divulgação)

 Ramos ressaltou que apesar do apoio do presidente Lula, o processo de escolha leva em conta as lideranças locais e que, por isso, o PT havia anunciado mais de 5 pré-candidatos até o momento.

“As pessoas criticam os métodos do PT pelas suas qualidades e não pelos seus defeitos. Porque quando querem decidir quem é o candidato do União Brasil, o governador diz quem é e acabou. Quando querem decidir quem é o candidato do PL, o presidente Bolsonaro diz quem é e acabou. Quando querem decidir o candidato do Avante, o prefeito diz que é ele e acabou. Aqui não é assim. Eu conversar com o presidente Lula ajuda, mas não é tudo. Tem que ser feito o diálogo interno do partido, com a militância que constrói o partido aqui no dia a dia e tem que haver o reconhecimento de que aí já existia um processo antes de eu chegar um processo com critérios, um processo em que as pessoas se envolveram, se mobilizaram portanto é absolutamente natural e isso é uma qualidade não defeito”, informou o pré-candidato.

Na ocasião, Ramos criticou Bolsonaro e falou sobre fazer oposição aos resultados eleitorais da direita nos últimos pleitos do Amazonas, para alcançar o eleitorado petista.

“O Bolsonaro não roubou em obra porque ele não fez obra. Mas onde ele pode roubar, ele roubou. Ele roubou jóia, ele roubou os direitos sociais dos trabalhadores e acima de tudo, ele roubou 700 mil vidas. Milhares de vidas, quando negou vacina, quando negou oxigênio na crise que nós vivemos aqui, e nós precisamos enfrentar esse debate, sabe por quê? Porque a gente anda na rua e as pessoas se sentem representadas quando a gente diz isso. O Bolsonaro tem 62% dos votos em Manaus, é verdade? sim , mas o Lula teve 38% e representa 400 mil manauaras que mesmo encurralados, que mesmo atacados, que mesmo violentados resistiram e por mais que seja um momento difícil, temos que resistir. O que Lula fez por Manaus, e Dilma fez por Manaus, e PT fez por Manaus, e o que Bolsonaro fez por Manaus. Nós fizemos milhares de casas populares, ele fez zero! Nós fizemos a arena, e a única obra dele é uma ponte de madeira lá em São Gabriel da Cachoeira, que ele gastou mais para inaugurar do que para executar a ponte”, disse Ramos.

Redes sociais para apresentar soluções

 Marcelo comentou sobre suas últimas postagens no “X”, conhecido como Twitter, direcionadas a eleitores do ex-presidente Bolsonaro, onde postou ‘Calma, Calabresos´ e como pretende usar as redes sociais.

“A diferença é que eu não vou usar rede social para fazer meme. Os problemas da cidade de Manaus não se resolvem com meme. Eu vou usar as redes sociais para apresentar soluções efetivas para os problemas da nossa cidade. E também não vou alfinetar ninguém. Eu vou fazer críticas democráticas e republicanas a postura de outros candidatos que eu discorde. Eu disputo a eleição contra o Davi, contra o Amom, contra o Roberto Cidade, contra o Alberto Neto, eu disputo contra todos porque eu penso diferente deles. Todos eles, de uma forma ou de outra, apoiam o Bolsonaro ou têm vergonha de reconhecer os avanços do governo Lula”, contou Ramos.
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