CHAPA OFICIALIZADA

Marcelo Ramos oficializa candidatura com frente de esquerda para Manaus

Realizada no Sesi Clube do Trabalhador, a convenção reuniu sete partidos em uma frente de esquerda para o pleito majoritário

Waldick Junior
online@acritica.com
04/08/2024 às 14:31.
Atualizado em 04/08/2024 às 14:32

A convenção aconteceu na manhã deste domingo (4), no salão de eventos do Sesi Clube do Trabalhador (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

O candidato da federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), Marcelo Ramos (PT), e o vice, Luiz Castro (PDT), oficializaram a chapa para disputar a prefeitura de Manaus nas eleições deste ano. A convenção aconteceu na manhã deste domingo (4), no salão de eventos do Sesi Clube do Trabalhador, bairro São José, zona Leste de Manaus, e reuniu sete partidos em uma frente de esquerda para o pleito majoritário. 

Compareceram políticos com cargo eletivo, candidatos à Câmara Municipal de Manaus e apoiadores. Os partidos presentes no evento, somados, lançarão 148 nomes para concorrer ao cargo de vereador. Uma ausência sentida no evento foi a do presidente do PT Amazonas, Sinésio Campos, que hoje apoia a candidatura de direita do deputado estadual Roberto Cidade (União), apoiada pelo governador Wilson Lima.

Marcelo Ramos foi o último nome a falar no palanque. Na presença da mãe, ele contou a história da família, apresentou as propostas de governo e criticou a gestão do prefeito David Almeida (Avante), candidato à reeleição.

“Nos últimos anos, nos acostumamos com essa situação, com um governo mais ou menos. O ônibus demora muito, mas já é tanto tempo assim. A merenda do meu filho é bolacha com kisuco, mas pelo menos tem. Eu vou na UBS e não tem medicamento, o médico demora para me atender, mas pelo menos atende. Nós nos conformamos com governos mais ou menos e é essa página que queremos virar”, afirmou.

Vice na chapa, Luiz Castro fez questão de ressaltar a união do PDT à aliança de esquerda. O partido passou meses no entorno de Roberto Cidade, mas trocou o candidato pelo apoio ao PT.

“Nosso partido tem uma história importante que passa por Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e passa pelo nosso estado, o senador Jefferson Peres. Portanto, o nosso PDT se integra ao PT, PV, PCdoB, Rede, Psol e ao Solidariedade, trazendo seus valores”, afirmou Castro, que abriu mão de uma candidatura a vereador para formar a chapa com Marcelo Ramos.

Mulheres

A chapa reúne sete partidos em uma frente de esquerda para o pleito majoritário (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

Durante o evento, Marcelo Ramos fez questão de dar espaço no palanque para que todas as candidatas à Câmara de Manaus dissessem seu nome e passagem uma mensagem rápida aos presentes. Ele também se comprometeu a, caso eleito, formar um secretariado composto por metade de mulheres e metade de homens. Durante as negociações para que ele fosse o candidato da frente de esquerda, duas mulheres tiveram de retirar suas pré-candidaturas à prefeitura.

“Quero registrar o fato de, ao apresentar a minha candidatura, como um homem, ter substituído, entre as possibilidades, uma mulher do nosso partido, a Anne Moura. E o segundo, quero fazer o registro de um ato de grandeza da Mena Bianca, como presidente do Psol, mais ainda, da Natália Demes, pré-candidata do Psol, que estará conosco nessa caminhada, porque entendeu a necessidade de o campo progressista estar unido”, disse.

Anne Moura esteve na convenção. Natália Demes, não.

Alianças

Outro momento de destaque da convenção foi o aceno que Marcelo Ramos fez a membros do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que estavam presentes no evento, apesar de o partido estar oficialmente, hoje, no arco de alianças de Roberto Cidade. O petista voltou a dizer que a sigla deveria estar no palanque da esquerda, não da direita. 

Após a convenção, Marcelo Ramos voltou a falar do assunto e citou nominalmente o ex-prefeito de Manaus Serafim Corrêa (PSB), hoje secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Wilson Lima (União).

(Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

“Sinto falta do Serafim, que é um quadro histórico. Tenho certeza que ele se sente constrangido de apertar a mão do Coronel Menezes. Imagino o constrangimento que é para ele não estar aqui. Não tenho dúvida que ele vai votar em mim, mas existem outros interesses por trás que são, legítimos ou ilegítimos, não sou eu que vou julgar, de reeleger o Marcelo Serafim [filho de Serafim Corrêa], de eleger uma bancada de vereadores”, afirmou.

Ainda sobre alianças, Marcelo comentou a ausência de Sinésio Campos na convenção. O presidente estadual do PT, que é deputado estadual, integra a base do governador Wilson Lima e caminha, hoje, com o candidato e deputado estadual Roberto Cidade, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas.

“Eu liguei e mandei mensagem para o deputado Sinésio. A minha mensagem em relação a ele é clara. Todos sabem que ele tem uma relação com o governo, com o deputado Roberto, mas o que posso dizer é que o Sinésio, na trajetória de vida dele, nunca faltou ao presidente Lula. Não será desta vez que isso vai acontecer. Ele estará conosco”, afirmou.

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