Reuniões devem impulsionar as demandas econômicas e ambientais do Estado e da região Amazônica como um todo no cenário internacional
A presidência brasileira do G20 começa em 1º de dezembro de 2023 e se encerra em 30 de novembro de 2024 (Ricardo Stuckert/PR)
Escolha de Manaus como uma das sedes das reuniões do G20 no Brasil em 2024 é apontado por representantes da indústria, por autoridades e economistas do Amazonas como um fato estratégico para impulsionar as demandas econômicas e ambientais do Estado e da região Amazônica como um todo no cenário internacional. A notícia de que a cidade receberá um dos eventos do G20 foi divulgada pelo Valor Econômico.
Para o superintendente da Zona França de Manaus (ZFM), Bosco Saraiva, a reunião vai trazer relevância não só para o Estado, mas também para toda a região Norte.
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, Manaus vai assumir um protagonismo.
Na avaliação da economista Denise Kassama, o encontro vai proporcionar a tão esperada oportunidade para apresentar a Amazônia com outros olhos para o mundo.
O G20 foi criado no ano de 1999. É composto pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. Esses países representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global, 75% das exportações, cerca de 70% dos investimentos diretos estrangeiros e 60% da população mundial.
Além de Manaus, mais 17 cidades serão sede do encontro, como Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Recife, Campinas, Maceió, Cuiabá, Belém, Santarém, Teresina, Belo Horizonte e Porto Alegre. O Brasil assume a presidência do G20 no dia 1º de dezembro e seu mandato vai até 30 de novembro de 2024.
Como país ocupante da Presidência será responsável por organizar a próxima cúpula. Ontem, Lula disse que, à frente do G20, o Brasil lançará luz sobre as necessidades dos países do sul global, em especial o combate à fome e o enfrentamento da mudança do clima.
O economista Serafim Corrêa, titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), destacou que Manaus terá oito reuniões do G20, ficando em terceiro lugar dentre as cidades que sediarão encontros técnicos. “Só perdemos para Brasília e Rio de Janeiro e é nessas reuniões que são construídas as decisões. Essa é a importância dessas reuniões”, explicou o secretário.
Serafim Corrêa avalia que essas reuniões possam servir como um impulso para resolver alguns problemas comuns à metrópoles como a coleta de lixo e também a melhoria do fluxo de trânsito. “Esse é um compromisso implícito que as cidades assumem automaticamente”, afirmou.