TROCA DE COMANDO

Juliano Valente é exonerado do Ipaam após operação da PF

Saída ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas já existe um nome interino

Lucas dos Santos
politica@acritica.com
10/12/2024 às 14:18.
Atualizado em 10/12/2024 às 14:18

Juliano Valente, foi exonerado do cargo de diretor-presidente do IPAAM após servidores da instituição serem alvos da operação Expurgare, da Polícia Federal (PF) (Divulgação)

O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, foi exonerado do cargo após servidores da instituição serem alvos da operação Expurgare, da Polícia Federal (PF), nessa segunda-feira (9). A informação foi confirmada internamente por membros do Governo do Amazonas, mas ainda não foi publicada no Diário Oficial do Estado.

Informações iniciais afirmaram que o diretor jurídico André Chuvas exerceria a presidência do Ipaam interinamente. A reportagem apurou, no entanto, que a diretora técnica Rosa Marriete responderá pela presidência do instituto, acumulando ambos os cargos.

Terceira fase da Operação Greenwashing, a Expurgare prendeu preventivamente os servidores Eles já haviam sido indiciados pela operação Arquimedes em 2019 por crimes semelhantes.

A Expurgare também realizou busca e apreensão contra Dionísia Soares Campos, superintendente de Agricultura e Pecuária no Amazonas, esposa de Juliano Valente e filha do deputado estadual Sinésio Campos (PT).

Um dos nomes aventados para substituir Juliano Valente, que estava no cargo desde o primeiro ano da gestão do governador Wilson Lima (União), foi o do atual titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira. No entanto, a reportagem apurou que ele prefere permanecer à frente da pasta, que tem projetos importantes em andamento, como a participação do Amazonas na COP-30 em Belém (PA) no próximo ano.

Crimes fundiários

A Operação Greenwashing já havia revelado um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí (AM) e Nova Aripuanã (AM).

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