Investigação

‘Ilações esdrúxulas’, diz advogado de Eduardo Braga após indiciamento pela PF

Senador é acusado de favorecer empresa farmacêutica junto de Renan Calheiros e Romero Jucá

Lucas dos Santos
politica@acritica.com
20/09/2024 às 12:51.
Atualizado em 20/09/2024 às 12:51

Eduardo Braga, Romero Jucá e Renan Calheiros foram indiciados por suposta corrupção ligada à Hypermarcas. (Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo)

A defesa do senador Eduardo Braga (MDB) rebateu o indiciamento feito pela Polícia Federal (PF) contra ele, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). Os três são acusados de atuar no Congresso Nacional para favorecer o grupo farmacêutico Hypera Pharma, então chamado de Hypermarcas.

Em nota enviada à reportagem, o advogado Fabiano Silveira afirmou que as acusações se tratam de “ilações esdrúxulas sem amparo nos elementos constantes do próprio inquérito”.

“Há evidências claríssimas de que o parlamentar não manteve contato com o delator, que, além de mudar sua versão quatro anos depois, baseia suas declarações em mero ‘ouvir dizer’. Não tenho dúvidas de que inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal”, disse.

A investigação tramitou por seis anos em segredo de Justiça e foi enviada pela Polícia Federal ao relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, no mês passado. Ele encaminhou os autos à Procuradoria-Geral da República (PGR), que estão sob análise da equipe do procurador-geral Paulo Gonet para avaliar se os senadores serão denunciados.

O inquérito acusa os caciques do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de receber R$ 20 milhões da antiga Hypermarcas por meio do empresário Milton Lyra para que eles aprovassem um projeto de lei entre 2014 e 2015 para conceder incentivos fiscais a empresas. A investigação aponta que o senador Renan Calheiros indicou um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para destravar interesses do grupo.

A investigação é um desdobramento da extinta Operação Lava Jato e estava aberto desde 2018 a partir da delação do ex-diretor da Hypermarcas, Nelson Mello. Ele afirmou que fez contratos fictícios com empresas indicadas por Milton Lyra para repassar dinheiro aos senadores.

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