Decisão sobre pré-candidatura do PT à prefeitura sai na semana que vem
A aposta é que Marcelo Ramos e Anne Moura cheguem a uma definição. Nos bastidores, Sinésio Campos é dado como fora do páreo
Além de Ramos, o PT tem dois pré-candidatos, Anne Moura e Sinésio Campos, e o PCdoB um, Eron Bezerra. (Foto: Daniel Brandão/Freelancer)
Em evento realizado neste sábado (13), o pré-candidato à prefeitura de Manaus pela federação PT-PCdoB-PV, Marcelo Ramos, 50 anos, afirmou que a definição sobre qual nome disputará a gestão municipal será definido na semana que vem. Além dele, o PT tem dois pré-candidatos, Anne Moura e Sinésio Campos, e o PCdoB um, Eron Bezerra.
“Já na semana que vem esperamos definir a pré-candidatura no PT, internamente, e logo depois seguir para a federação, para chegarmos a um só nome”, explicou Ramos. A federação formada pelas três siglas deve atuar, conforme a legislação, como se fosse um só partido.Logo, pode ter apenas um candidato à cabeça de chapa para a prefeitura.
Petistas presentes no evento afirmaram que a principal aposta é que no decorrer da próxima semana Marcelo Ramos e Anne Moura cheguem a uma definição sobre ela abrir mão da pré-candidatura para apoiar a dele. O outro nome que já se tornou público, o de Sinésio Campos, pelos bastidores já é dado como retirado.
O presidente do PT municipal, Valdemir Santana, aposta que haverá um consenso em torno da pré-candidatura de Marcelo. No entanto, diz que caso não haja uma definição, os nomes de Anne Moura, Sinésio Campos e Marcelo Ramos ficarão à disposição do diretório municipal, que fará a decisão final.
Marcelo Ramos se filiou ao PT em resposta a um convite feito pelo presidente Lula (Foto: Daniel Brandão/Freelancer/ACrítica)
Com exceção de Sinésio, que já é deputado estadual, todos os outros pré-candidatos que retirarem seus nomes da disputa pela prefeitura irão concorrer a uma vaga de vereador na Câmara Municipal de Manaus, segundo Valdemir Santana, que é um deles.
Contexto
Marcelo Ramos se filiou ao PT há pouco mais de uma semana a convite do presidente Lula para ser pré-candidato à prefeitura e ajudar a unificar a esquerda do estado. A chegada dele ocorreu em um momento em que o partido petista tinha seis pré-candidatos e havia acabado de realizar uma pesquisa para saber qual nome poderia se sair melhor na disputa.
Logo após a chegada de Marcelo ao partido, a pré-candidata Anne Moura disse que não tiraria seu nome da disputa, elogiou a entrada do ex-deputado federal no partido e afirmou que estava sendo vítima de violência política de gênero por membros da direção municipal do PT. Ela não esteve presente no evento deste sábado (13), que reuniu parte dessas lideranças. O presidente estadual do PT e pré-candidato Sinésio Campos também não compareceu.
Anne Moura e Sinésio Campos não compareceram ao evento (Foto: Daniel Brandão/Freelancer/ACrítica)
Criticas
Marcelo Ramos voltou a criticar os quatro anos do governo Bolsonaro e disse que Manaus precisa de uma candidatura que lembre “os legados do PT” para a capital do Amazonas. Ele citou obras como a ponte sobre o Rio Negro, a Arena da Amazônia, o Viver Melhor e programas como Bolsa Família e Luz para Todos.
Ele apontou uma série de iniciativas que devem fazer parte de um futuro plano de governo, como uma versão municipal do programa Pé de Meia, do governo federal, e o investimento em readequação do espaço urbano e na disponibilização de creches para suprir a demanda da cidade.
Como um gesto de apoio a sua pré-candidatura, Marcelo Ramos também recebeu do ex-deputado federal José Ricardo um plano de governo da campanha de 2020, quando Zé disputou a prefeitura e terminou em terceiro lugar, com 14,52% dos votos válidos.