NÃO DESISTIU

David Almeida vai reenviar proposta de empréstimo de R$ 600 milhões para CMM

Segundo ele, Prefeitura não possui liquidez para investimentos, havendo a necessidade do empréstimo. Almeida ainda disse que negativa da CMM "prejudica apenas a população"

Michael Douglas
online@acritica.com
09/11/2023 às 20:59.
Atualizado em 09/11/2023 às 21:37

David Almeida ainda não desistiu de empréstimo de R$ 600 milhões (Foto: Paulo Bindá)

O pedido de empréstimo de R$ 600 milhões da Prefeitura de Manaus será reenviado à Câmara Municipal de Manaus (CMM), mesmo após ter sido negado pelos vereadores em votação na quarta-feira (8). A confirmação do reenvio da proposta veio do próprio prefeito David Almeida (Avante), durante entrevista coletiva à imprensa realizada na noite desta quinta-feira (9).

Segundo Almeida, o pedido de empréstimo se dá pela necessidade de investimentos na capital, havendo apenas no momento liquidez para pagamentos de contas, servidores e contratos.

"A prefeitura tem saúde financeira. Segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Manaus é a segunda melhor cidade do Brasil em equilíbrio fiscal, a única avaliação que nós não temos nota dez é na liquidez, ou seja, dinheiro em caixa para investir, em função do endividamento da cidade. A gestão anterior contraiu empréstimos e uma dívida de R$ 2,7 bilhões e, em oito anos, amortizou R$ 1,83 bilhão. Na nossa gestão, em apenas três anos, já pagamos R$ 1,9 bilhão, tendo já emprestado 1,1 bilhão. Ou seja, o meu empréstimo eu já paguei, eu não endividei a prefeitura, eu herdei isso", relatou o Prefeito.

David Almeida aproveitou a oportunidade para detalhar sobre como planeja usar os R$ 600 milhões.Uma das reclamações de vereadores que votaram contra era justamente a falta de detalhamento do uso da verba. 

Veja como o prefeito pretende usar parte do valor:

- R$ 70 milhões para o desassoreamento de 12 dos 36 igarapés da cidade;
- R$ 50 milhões para obras em voçorocas;
- Construção de "Praça da Bíblia (valor não especificado);
- Construção de quatro Unidades Básicas de Saúde (valor não especificado);
- Construção de quatro creches (valor não especificado);
- Construção de 42 terminais de ônibus (valor não especificado);
- Asfaltamento de 2 mil ruas (valor não especificado).

"Não temos dinheiro para investir, temos para pagar as contas, contratos, servidores, mas falta dinheiro para investimento. Não foi ao prefeito que isso foi negado, foi a população que foi prejudicada pelos seus representantes, essa é a realidade. É isso que aconteceu, sem falar que nós deixamos de gerar oito mil empregos. Não prejudicaram a mim, esse prejuízo foi para a população", disse Almeida.

A votação

A proposta de empréstimo foi votada na quarta-feira (8), e durou cerca de 3 horas. Com o placar em 19 a 19, o desempate veio com o voto do presidente da Casa, Caio André (Podemos). Com a negativa, a prefeitura tem o prazo de uma semana para reenviar a proposta de empréstimo. 

"Foi uma votação triste, um dia triste para a população de Manaus, mas que nós vamos, através da própria população reverter. Eu vou reenviar a mensagem pra câmara e mostrar que a votação não atendeu os interesses da população. Espero que os vereadores que votaram contra revejam a suas posições. Nessa votação, quem sofreu foi o povo. Outros interesses foram atendidos, não o interesse da população", finalizou Almeida.
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