Vereadores também afirmaram que presidente deveria sofrer impeachment por cometer crime de responsabilidade
Presidente Lula afirma que Israel está cometendo genocídio contra palestinos, na Faixa de Gaza (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na sessão desta segunda-feira (19), aprovaram uma moção de repúdio contra declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza com o Holocausto praticado pelo regime nazista.
Foram apresentadas três moções com o mesmo teor pelos vereadores Marcel Alexandre (Avante), Raiff Matos (DC) e Capitão Carpê (Republicanos). Autor da primeira proposta, Marcel Alexandre que o Estado de Israel “está se defendendo de uma ação terrorista, que era antes somente do Hamas, mas agora apoiada intensamente pelo Hezbollah”.
O parlamentar fez suas as palavras da Confederação Israelita no Brasil (Conib), que repudiou as declarações “infundadas” do presidente Lula pouco após resposta do primeiro-ministro israelense, o político de extrema-direita Benjamin Netanyahu.
Membro do mesmo partido do presidente, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) discordou das declarações do presidente Lula.
Autor da segunda proposta, o vereador Capitão Carpê classificou como injustificável as declarações do presidente e chamou suas opiniões como absurdas, mas discordou de Sassá e afirmou que não era possível dissociar a pessoa de Lula de sua função como chefe de Estado.
O vereador Wallace Oliveira (DC) disse que o presidente da República cometeu crime de responsabilidade por supostamente violar o princípio da neutralidade da Lei do Impeachment ao “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra”.
Raiff Matos (DC) disse que Lula gasta bilhões do dinheiro público para ficar fazendo “declarações aleatórias, infundadas e colocando em risco a nação brasileira com essas ilações perigosíssimas”.
As moções foram aprovadas em conjunto e, embora tenha discordado do posicionamento do presidente da República, Sassá da Construção Civil votou contra.