economia

Classe produtiva comemora, mas permanece atenta após sanção de regulamentação da reforma

Primeira lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira

Lucas dos Santos
politica@acritica.com
17/01/2025 às 18:27.
Atualizado em 17/01/2025 às 18:27

(Foto: Reprodução)

Membros da indústria e comércio do Amazonas comemoraram a manutenção das vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus (ZFM) após a sanção da primeira lei da regulamentação da reforma tributária na quinta-feira (16), mas afirmaram que permanecerão atentos para outras questões importantes que ainda pendem de aprovação na reforma tributária: o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e os fundos de diversificação da economia.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, afirmou que a instituição “permanecerá diligente” na defesa da ZFM e destacou a tramitação do projeto do Comitê Gestor, “responsável por arrecadar, fiscalizar e distribuir” o dinheiro do tributo estadual, e dos fundos para o Amazonas e para a Amazônia previstos na emenda constitucional da reforma.

“A regulamentação dos Fundos de Sustentabilidade e Diversificação também é outra discussão crucial para o estado, pois deles depende a fonte para a compensação da perda de arrecadação com a reforma e incremento de investimentos estratégicos para a consolidação de novas matrizes. Assim, embora o balanço seja bastante positivo, temos ainda um trabalho árduo pela frente para assegurar a sustentabilidade econômico-financeira do estado”, disse.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio-AM), Aderson Frota, relembrou a solução para as demandas do comércio após modificação do texto pelo relator no Senado Federal, Eduardo Braga (MDB-AM):  isenção da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) no comércio interno do polo industrial e crédito presumido para operações com o IBS.

“Ficou garantida nossa estabilidade fiscal. Não obstante, este é apenas o primeiro passo no sentido da conclusão definitiva, que vai ser finalizada em 2033. Até lá, muitas particularidades e nuances serão discutidas e firmadas. Nossa expectativa é de que a situação da ZFM, indústria e comércio, seja mantida e preservada ao longo desse tempo. A Fecomércio vai estar atenta e acompanhando todos os passos e normas que serão adotadas”, apontou.

O diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL/Manaus), Ralph Assayag, concordou que a vitória foi grande para o comércio graças ao apoio dos senadores Eduardo Braga e Omar Aziz (PSD) e dos técnicos enviados pelo Amazonas.

“Depois que eles entenderam, a reforma foi aprovada da maneira que o comércio poderia realmente ter um bom resultado, voltando, inclusive, ao período áureo do comércio, tendo todas as suas vantagens. Até vantagem de perfumaria, que nós já tínhamos perdido, voltamos até a normalidade até agora. Então, temos que parabenizar os dois senadores, ao próprio governo que passou [a proposta]”, disse.

Assayag destacou que a CDL/Manaus ficará de olho no trâmite dos fundos de diversificação, que podem gerar bons resultados no futuro para o comércio da Zona Franca de Manaus e espera, com isso, que novas empresas venham a se instalar no polo industrial.

Sanção

Na quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o projeto de lei complementar 68/2024, primeiro da regulamentação da reforma tributária. Convertido na lei complementar 214 de 16 de janeiro de 2025, o novo dispositivo legal cria novos tributos e mantém as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus.

Além disso, o petista não vetou o artigo 441, que possui uma alínea a qual dá vantagens para o petróleo refinado na indústria de Manaus, beneficiando a Refinaria da Amazônia (Ream), de propriedade do grupo Atem. A emenda que criou a vantagem foi proposta pelo senador Omar Aziz e acatada por Eduardo Braga.

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