Entrevista

Candidata a vice-governadora pelo PT, Anne Moura é entrevistada pelo Podcast Sim & Não

Para a candidata, caso ela e Braga sejam eleitos no próximo domingo (30), não haverá ruídos na relação com a Assembleia Legislativa do Amazonas

Jefferson Ramos
online@acritica.com
27/10/2022 às 20:47.
Atualizado em 27/10/2022 às 20:47

(Foto: Youtube/A Crítica)

A candidata a vice-governadora pela chapa do senador Eduardo Braga (MDB), Anne Moura do PT, em entrevista ao podcast da coluna Sim & Não de A CRÍTICA, atribuiu à federação partidária como um dos fatores da esquerda não ter eleito nenhum deputado federal no Amazonas. 

Anne Moura explica que a experiência foi bem sucedida em outros estados do país, mas no Amazonas, segundo ela, por conta da cultura política dos amazonenses, a federação partidária rendeu resultados negativos para a esquerda.

"Por causa da nossa cultura política a gente não conseguiu explorar bem isso para montar bem uma chapa. Vamos precisar refletir para saber de que forma a gente potencializa a federação, montando um projeto estratégico em que todo mundo ganhe”, aponta a candidata. 

Em 2018, o PT elegeu o então deputado estadual José Ricardo o parlamentar federal mais votado daquele pleito. No entanto, no dia 2 de outubro, a sigla não conseguiu repetir o feito. 

Anne Moura afirmou que participou da formulação do plano de governo do ex-presidente Lula (PT) principalmente no trecho que trata dos povos indígenas. Na entrevista, a candidata destacou as suas raízes indígenas que remetem ao povo mura.

A candidata evitou adiantar o nome de quem será o titular do ministério dos Povos Originários, uma promessa de campanha do presidenciável, que Anne afirma ter sugerido ao petista.

Anne se limitou a garantir que o nome seria oriundo dos povos indígenas, mas não quis detalhar se o nome viria da região norte do Brasil. 

“Será de fato uma pessoa indígena que é uma reparação histórica neste país. Imagina ter um ministério de uma população que foi praticamente dizimada. Tenho muito orgulho de ter ajudado a construir essa ideia”, comemora a candidata. 

A petista disse que erros ambientais que prejudicaram os indígenas, como por exemplo, a construção usina de Belo Monte, no Pará, não serão repetidos e que a relação com os povos originários será amistosa. 

“Há um compromisso do ex-presidente Lula, mas também nosso aqui, que é possível desenvolver o nosso estado conversando com as populações que moram nos territórios. Teremos uma relação amistosa garantido os direitos de quem mora nestes territórios”, destacou.

Para a candidata, caso ela e Braga sejam eleitos no próximo domingo (30), não haverá ruídos na relação com a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) mesmo o governador Wilson Lima (UB) elegendo maioria esmagadora na Casa.

Anne entende que a relação será entre poderes e não entre pessoas. O partido do senador Eduardo Braga, o MDB, só elegeu um parlamentar.

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