Fátima Bezerra cobra maior presença do presidente na região
(Foto: Ricardo Stuckert)
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), afirmou que o apoio do Nordeste ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 não está garantido e destacou a necessidade de maior presença do governo federal na região. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal O Globo.
Bezerra enfatizou a importância de intensificar agendas do presidente e dos ministros em estados nordestinos. “De jeito nenhum [o apoio está garantido], muito pelo contrário. Tem que intensificar a presença do Nordeste este ano e cada vez mais”, disse a governadora, segundo O Globo.
A petista também destacou que Lula retomou a agenda de viagens após a liberação médica, depois de se recuperar de uma cirurgia na cabeça. Ela defendeu que o governo federal priorize inaugurações de obras importantes para a região, como projetos de segurança hídrica e infraestrutura. “É o tempo da colheita, de entregar essas obras. Não podemos baixar a guarda. O governo tem que se fazer mais presente exatamente aqui no Nordeste. Não só Lula, mas também os ministros. A gente tem que ter muita atenção para os investimentos previstos para corresponder às expectativas da população”, afirmou Bezerra.
Comentando os resultados da pesquisa Quaest, que apontaram aumento na reprovação do governo Lula, Fátima Bezerra atribuiu os números ao impacto da inflação de alimentos e à repercussão negativa do anúncio sobre o monitoramento do Pix. Segundo ela, a situação reflete um momento passageiro.
“A pesquisa foi realizada em um momento de desgaste do governo federal, seja pela inflação dos alimentos, seja por causa da má-fé da oposição ao se aproveitar de uma medida corriqueira da Receita Federal. E não foi algo específico do Nordeste. É uma fotografia em um dia nublado. Tenho certeza que o sol voltará a brilhar em pouquíssimo tempo”, afirmou à reportagem de O Globo.
Sobre as perspectivas para a próxima eleição presidencial, Bezerra avaliou que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e as divisões na direita podem facilitar a reeleição de Lula. Apesar disso, defendeu que a esquerda comece a construir alternativas para o futuro político. “É importante que o campo progressista já comece a pensar em nomes e estratégias para os próximos anos”, concluiu, segundo O Globo.