Incêndio em lotérica

Tragédia no mercado de Manaus: Laudo psiquiátrico pode determinar destino de acusado

A defesa do idoso venezuelano Luis Domingo Siso, 60, acusado de causar um incêndio em uma casa lotérica do Mercado Adolpho Lisboa, tem 45 dias para fazer e apresentar laudos de exames psiquiátricos

Michael Douglas
online@acritica.com
25/05/2023 às 19:20.
Atualizado em 25/05/2023 às 19:20

(Foto: Divulgação)

A defesa do idoso venezuelano Luis Domingo Siso, 60, acusado de causar um incêndio em uma casa lotérica do Mercado Adolpho Lisboa, no Centro de Manaus, em agosto do ano passado, tem 45 dias para fazer e apresentar laudos de exames psiquiátricos, que podem comprovar ou não se ele possui problemas psicológicos. A determinação é da juíza Juline Rossendy Rosa Neres, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que está à frente do caso. 

A ação desencadeada pelo idoso, que responde por homicídio e tentativa de homicídio, terminou com as mortes de Carlos Henrique da Silva Pontes, Henison Diego da Silva Mota e Stefani do Nascimento Lima, além de deixar Andrielen Mota de Assis gravemente ferida. 

“O Laudo deverá ser apresentado no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias. Com a apresentação do Laudo, intimem-se as partes para se manifestarem em 5 (cinco) dias. Com a juntada, volvam-me os autos conclusos”, diz a decisão da magistrada emitida na quarta-feira (26). 

A medida faz parte da tese apresentada pela defesa de Luis Domingo, que alega que ele sofre de algum distúrbio mental ou psicológico. “Há momentos nos quais certamente parece uma pessoa lucida e outros em que tem elucubrações próprias de uma pessoa mentalmente insana. [É] necessário lembrar, que o acusado em outras duas oportunidades surtou e atentou violentamente contra agencias lotéricas desta cidade de maneira aleatória”, diz um trecho do documento apresentado ao TJAM. 

RELEMBRE O CASO 

No dia 16 de agosto de 2022, o venezuelano Luis Domingo Siso comprou cerca de R$ 300 em combustível e pegou um taxi até o mercado Adolpho Lisboa. Na lotérica localizada ali, ele despejou os galões de gasolina e, mesmo com a tentativa da população de impedi-lo, um incêndio de grandes proporções teve início.  

Ele acabou sendo pego pela população e foi agredido até a chega da polícia, que o levou para o hospital e em seguida o prendeu preventivamente. Esta foi a terceira vez que ele protagoniza um caso assim, tendo em vista que em agosto de 2020, ele foi preso após atirar pedras em uma lotérica e ainda resistiu a abordagem policial.  

Já em outubro do mesmo ano, ele tentou atear fogo em uma loja de departamentos no centro de Manaus. Segundo testemunhas do caso na época, ele afirmara ter ganhado um prêmio, mas teria sido enganado, o que levou a essa reação.

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