CONFISSÃO

Suspeito confessa o crime e diz que executou advogado por R$ 5 mil, mas não foi pago pelo 'serviço'

Hewerton Kauan Cavalcante, de 18 anos de idade, afirma não saber quem foi o homem que o recrutou para cometer o assassinato do advogado Erwin Rommel Rodrigues. O delegado do caso desconfia da versão do suspeito

Joana Queiroz
online@acritica.com
04/12/2023 às 16:03.
Atualizado em 04/12/2023 às 16:04

(Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante, de 18 anos de idade, foi recrutado para assassinar o advogado Erwin Rommel Godinho Rodrigues, 54. Três dias antes do crime, a pessoa que encomendou a execução entregou nas mãos de Hewerton um revólver calibre 38, de seis tiros, uma fotografia da vitima e a promessa de que lhe pagaria R$ 5 mil pela morte do advogado. O crime foi consumado, mas o pagamento, não. 

Estreia no crime

Kauan foi preso 22 dias após ter assinado o advogado, no âmbito da "Operação Legisperitum", deflagrada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Ao ser preso em via pública, no condomínio Viver Melhor, ele confessou ao delegado Ricardo Cunha que este foi o primeiro crime que cometeu na sua vida.

“Eu só aceitei fazer isso, doutor, porque estava precisando de dinheiro”, disse o jovem ao delegado. Conforme Cunha, a polícia não tem dúvidas que Kauan é o autor dos disparos que mataram Rommel. “O que precisamos ainda descobrir é quem foi o mandante e a motivação do crime”, disse o delegado.

Até o momento, Kauan não revelou a identidade da pessoa que o recrutou para praticar o assassinato. O delegado disse que as investigações continuam para chegar aos demais envolvidos no crime.

Polícia desconfia

De acordo com o delegado Ricardo Cunha, ainda não há confirmação da motivação do crime, e a polícia está trabalhando com várias linhas de investigação.

“O Hewerton não colaborou inicialmente com as investigações. Ele não nega que foi ele o executor do crime, mas disse que foi contratado para isso. Não sabe quem é a pessoa que o contratou. Enfim, a gente acha que ele está contando uma mentira”, disse Cunha.

Para a polícia, o advogado foi vítima de uma emboscada. O suspeito chegou ao local antes do advogado e o aguardou do lado de fora do estabelecimento. Ele se posicionou atrás da vítima e fez o primeiro disparo, não dando qualquer tipo de chance de defesa. 

A vítima ainda tentou correr, mas já tinha sido ferido. Em seguida recebeu mais cinco disparos, sendo que um deles atingiu a região do coração, conforme o delegado. Kauan descarregou todas as balas que tinha na sua arma no corpo de Rommel.

O advogado foi socorrido e chegou a ser encaminhado ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, mas não resistiu e morreu na unidade hospitalar. O crime foi registrado por câmeras de segurança e testemunhas que estavam almoçando naquele restaurante colaboraram para a identificação do suspeito.

Conforme o delegado, a arma do crime e as roupas usadas por Kauan  no momento em que matou o advogado ainda não foram localizadas.

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