Professor abusador

Professor de jiu-jitsu que abusava de atletas tem a prisão convertida para preventiva

A prisão temporária venceria na sexta-feira (17). Ele é acusado de abusar de pelo menos 19 atletas

Joana Queiroz
16/01/2025 às 09:08.
Atualizado em 16/01/2025 às 09:08

De acordo com as investigações, Alcenor planejava fugir para Dubai (Foto: Reprodução)

O técnico de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, 57, suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 19 atletas menores de idade há pelo menos 15 anos, teve a prisão temporária convertida em preventiva na quarta-feira (15).

Ele estava preso temporariamente desde novembro de 2024, após ter sido preso na cidade de Itajaí em Santa Catarina, onde participava de um campeonato.  A prisão temporária venceria nesta sexta-feira (17), porém a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do abusador, que foi concedida nessa quarta-feira.

De acordo com titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) Juliana Tuma, que presidiu as investigações, Alcenor passou a ser investigado  a partir de denúncias de atletas. 

De acordo com que foi apurado durante as investigações,  os abusos praticados pelo técnico de jiu-jitsu ocorriam durante viagens para campeonatos e em sua casa, onde ele dopava as vítimas. 

Uma dessas vítimas de Alcenor,  hoje com 23 anos,  compartilhou que sofreu durante a infância. "Todas as vezes que eu viajava para competir com ele e outras crianças, ele sempre dava banho em todos nós e no final da noite mandava a gente tomar melatonina para dormir bem e, no outro dia, acordávamos com o pênis dolorido, sem saber o que tinha acontecido", narrou o lutador.

Alcenor também costumava presentear os atletas com roupas, equipamentos, passagens aéreas, inscrições em campeonatos e videogames. Uma vítima que denunciou os abusos afirmou não saber como reagir. 

Alcenor, depois de preso em uma unidade prisional foi levado à delegacia, acompanhado por um advogado,  para ser ouvido no inquérito, porém preferiu ficar calado e só falar em juízo. Conforme Tuma, o mesmo foi indiciado no inquérito pelos crimes de abuso sexual e favorecimento à prostituição de menores.

Os crimes, que ocorreram desde 2014, eram facilitados pelo fato do suspeito ser professor de jiu-jitsu. O delegado de Santa Catarina revelou que o suspeito planejava fugir para Dubai. 

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