operação Siderado

Polícia Federal desarticula esquema bilionário de tráfico internacional de drogas

O Amazonas foi um dos quatro estados brasileiros alvos da operação, além do Distrito Federal (DF)

acritica.com
17/12/2024 às 18:54.
Atualizado em 17/12/2024 às 18:54

Foram cumpridos 32 mandados em Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia e no Distrito Federal (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal (PF) desarticulou nesta terça-feira, através da operação Siderado, um esquema de tráfico internacional de drogas que teria movimentado mais de R$ 2 bilhões em aproximadamente dois anos. O Amazonas foi um dos quatro estados brasileiros alvos da operação, além do Distrito Federal (DF). 

Segundo a PF, foram cumpridos 32 mandados, sendo 19 de prisão e 13 de busca e apreensão, além do bloqueio das contas de 38 investigados e o cancelamento das atividades de sete empresas. Além do Amazonas e Distrito Federal, os mandados, expedidos pela 10ª Vara de Criminal da Justiça Federal no DF, foram cumpridos também nos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia. 

De acordo com a corporação, as investigações em torno do esquema de tráfico de drogas iniciaram em abril de 2023, quando a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) apreendeu 1,5 tonelada de drogas e 5 fuzis. A droga teria como destino o Distrito Federal.  

A partir dessa apreensão, a PF deflagrou três operações com o objetivo de identificar os envolvidos no esquema, se deparando com uma complexa rede de empresas de fachada. O inquérito policial apontou mais de R$ 2,2 bilhões em movimentações financeiras pelo grupo em apenas dois anos. 

Ainda segundo a PF, essas empresas eram responsáveis por movimentar os recursos dos suspeitos, inclusive realizando remessa de valores para a Colômbia, onde mora um dos envolvidos, para pagamento das drogas. A PF informou ainda que foi determinado pedido de inclusão de alerta vermelho da Interpol contra um dos suspeitos. 

Suspeitos mapeados 

Ao longo do último ano, a PF deflagrou as operações Rei do Skunk, Fênix e Espelhum, e conseguiu mapear quase 40 suspeitos do esquema, entre gestores financeiros, traficantes e laranjas do grupo. Como resultado dessas operações, a corporação também apreendeu armas, munições, drogas e diversos bens de luxo como relógios e veículos. 

Além do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, a PF afirma que, há indícios da prática de crimes violentos, inclusive contra próprios membros da organização. As investigações apontam que um dos suspeitos, que atuaria como “mula”, teria sido sequestrado e torturado pela liderança do esquema após ser suspeito de desaparecer com drogas. 

Outro investigado seria um dos líderes de uma facção criminosa na região Nordeste, mais especificamente, nos Estados da Bahia e de Sergipe. As investigações seguem em andamento.

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