O grupo criminoso movimentou aproximadamente R$ 15 milhões de forma ilegal. Ao todo, 11 veículos foram apreendidos
(Foto: Luiz Henrique Almeida/A CRÍTICA)
Onze veículos, avaliados aproximadamente em R$ 4.500.000,00, e uma prisão em flagrante por posse de munições de arma de fogo foram o resultado da Operação “Creditum”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Receita Federal na manhã desta quinta-feira (16), de acordo com o superintendente em exercício Domingos Sávio Pinzon.
De acordo com Pinzon, a operação “Creditum” investiga um grupo criminoso que atua na fraude de financiamento de veículos de luxo, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de capitais. Essas operações fraudulentas realizadas pelo grupo movimentaram ilegalmente a quantia estimada de R$ 15 milhões.
Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Manaus e Manacapuru, no Amazonas, e também no estado do Rio de Janeiro. A suspeita da Polícia Federal é que, no esquema, tenham sido movimentados ilegalmente cerca de R$ 15 milhões com as práticas criminosas.
A investigação realizada pela Polícia Federal apontou que os alvos da operação obtinham, mediante fraude, diversos financiamentos de veículos de luxo, com descontos angariados por meio de benefício fiscal, com o intuito de revender os veículos financiados para terceiros sem o conhecimento da instituição bancária.
Os financiamentos eram obtidos por meio de empresas, tanto em nome dos investigados quanto em nome de “laranjas”. Para isso, os investigados falsificavam documentos e contavam com a participação de funcionários, gerentes e diretores de instituições financeiras e concessionárias de veículos.
O grupo criminoso repassava veículos de luxo, obtidos mediante fraude, para terceiros compradores sem realizar a transferência de propriedade, ou seja, as transações eram baseadas na confiança.
Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de obtenção de financiamento mediante fraude, sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outros. A soma das penas previstas para os delitos investigados pode alcançar até 21 anos de reclusão. Conforme o delegado, as investigações continuarão.