O presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-AM, Alan Johnny, afirmou que nenhum advogado foi preso e que aguarda a continuidade das investigações
Coletiva na OAB-AM sobre a Atuação Especial de Combate - Operação Gaeco - que investiga ação de advogados suspeitos de fraudes processuais (Foto: Paulo Bindá/AC)
Após advogados terem seus bens bloqueados durante a “Operação Signare”, realizada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) nesta terça-feira (30), a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amazonas (OAB/AM) afirmou que nenhum advogado foi preso e que está aguardando a continuidade das investigações para analisar os materiais apreendidos.
O presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/AM, Alan Johnny Fonseca, afirmou em coletiva na tarde desta terça-feira (30), que apenas um advogado foi encaminhado à Delegacia Interativa de Polícia (DIP) pois no momento do mandado de busca foi apreendida uma arma de fogo em sua posse, porém estava legalizada.
Em relação às denúncias dos clientes alegando terem sido vítimas dos advogados, Alan Johnny ressaltou que é necessário analisar os casos de forma separado, pois cada caso possui particularidades.
Coletiva na sede da OAB-AM (Foto: Paulo Bindá/AC)
O presidente da comissão explicou ainda que um dos advogados investigados procurou a OAB para explicar que não cometeu tal infração da ética profissional e comprovou que não houve nenhuma falsificação de procuração feita por ele.
Sobre a operação
A operação, realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), investiga a prática de crimes no exercício da advocacia. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados judiciais, sendo seis de busca pessoal e 15 de busca domiciliar, em Manaus e Manacapuru.
Além disso, foi feita a comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amazonas (OAB/AM) para a apuração da captação irregular de clientes e responsabilização disciplinar em razão dos prováveis ilícitos praticados.
Dentre os possíveis delitos, destacam-se: falsidades em procurações, apropriações indébitas de valores decorrentes de alvarás judiciais e outros delitos conexos que são imputados a advogados em desfavor de grande número de pessoas em situação de vulnerabilidade, como idosos, analfabetos ou de pouca instrução.
As investigações seguem em andamento com a análise do material apreendido, etapa que contará com a participação da Comissão de Prerrogativas da OAB.