EFEITOS DA KETAMINA

"Não acreditei quando vi Audrey na cama, de fralda e com 40 quilos", relata coach

Hatus Silveira revelou que chegou a ser o coach de Djidja Cardoso e da então cunhada dela, Audrey Schotti. Ele teria se distanciado da família Cardoso por motivos pessoais

Lucas Motta
online@acritica.com
04/06/2024 às 13:39.
Atualizado em 04/06/2024 às 15:01

O personal trainer Hatus Silveira prestou depoimento como testemunha no caso Djidja, no 1º DIP, na manhã de hoje (4) (Foto: Daniel Brandão/A CRÍTICA)

O coach Hatus Silveira deu detalhes da relação com a família de Djidja Cardoso antes de depor para a Polícia Civil nesta terça-feira (04). Ele negou ter introduzido o uso de ketamina e reafirmou a hipótese de uma 'seita' relacionada à droga.

Hatus falou com a imprensa no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e começou a declaração destacando que a relação com a família de Djidja era apenas profissional, cujo primeiro contato ocorreu em 2019. Ele explicou que conheceu Djidja através do ex-companheiro dela, Bruno Roberto, e logo passou a treinar a empresária e também o irmão, Ademar Cardoso Neto, mas por motivos pessoais teria se distanciado da família.

Já em janeiro deste ano, afirmou que foi procurado por Ademar para cuidar do físico da então companheira, Audrey Schotii. O irmão de Djidja teria dito que havia retirado a mulher do hospital porque "ela não recebia os cuidados corretos". Ao reencontrá-la, Hatus se disse surpreso.

“Eu a conheci na academia, era uma menina bonita, forte. Quando me deparei com ela na cama, de fralda e com uns 40 quilos, eu falei ‘não acredito’”, disse Silveira.

Ele voltou a afirmar que teve cetamina injetada nele sem o seu consentimento, em janeiro deste ano, motivo de um novo rompimento com a família Cardoso.

 Condenação por venda de anabolizantes

Aos 29 anos, o coach tem uma condenação por venda de anabolizantes ilegais. O caso aconteceu em 2015, mas ele não chegou a ser preso. A pena foi convertida em serviços comunitários. Hatus explicou que o caso aconteceu quando ele treinava uma equipe de fisiculturismo e que não sabia do crime porque comprava as substâncias na farmácia, sem a necessidade de receita.

Apesar deste caso, ele negou que tenha introduzido o uso ilegal de qualquer substância para Ademar, Djidja ou a mãe deles, Cleusimar Cardoso. Afirmou que o episódio de 2015 o pegou de surpresa e que nunca mais participou do consumo ou da venda de anabolizantes.

Hatus também afirmou que presenciou reuniões da suposta seita religiosa que abusava do consumo de cetamina, na residência da família, no bairro Cidade Nova.

Em um desses casos, ele disse que aceitou ver vídeos que falavam sobre religião, mas destacou que não queria usar o anestésico veterinário.

“O vídeo eram cartas de Cristo, algo que distorcia o que a Bíblia fala. Não tenho preconceito com nenhuma religião, acredito em Deus, mas não que uma pessoa possa ser Deus”, argumentou.

O personal disse que optou por não fazer nenhuma denúncia do uso das drogas porque considerou que aquele era um problema que deveria ser resolvido pela família. Ele deve ser ouvido pelo titular do 1º DIP, Cícero Túlio, durante esta tarde.

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