Marlisson Vasconcelos Dantas estava sendo procurado e tinha mandado de prisão aberto. Ele alega inocência e diz ter sido agredido pela família Cardoso, líder do Culto
Marlisson Vasconcelos Dantas se entregou no 1º DIP (Foto: Natasha Pinto)
Marlisson Vasconcelos Dantas, se apresentou no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), no fim da tarde desta sexta-feira (31), para que o mandado de prisão preventiva fosse cumprido. Ele é suspeito de integrar uma "seita religiosa", junto com Ademar Farias Cardoso Neto, Cleusimar Cardoso Rodrigues, Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva, presos na quinta-feira (30).
Ele está acompanhado do delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP e do seu advogado Lenilson Ferreira. O jovem não falou com a imprensa, apesar de várias indagações sobre seu envolvimento no crime. Já a defesa explicou que a demora para que Marlisson se entregase foi por conta do medo.
Ainda conforme Lenilson Ferreira, Marlisson alega inocencia das acusações, onde ele não participava do consumo das drogas e não tinha envolvimento na suposta "seita religiosa" da família Cardoso.
Lenilson Ferreira, advogado de defesa de Marlisson Vasconcelos (Foto: Jeiza Russo)
Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja; Cleusimar Cardoso Rodrigues, a mãe e as funcionárias do salão, Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva foram presos na tarde dessa quinta-feira (30) e foram encaminhados na manhã de hoje, para a audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch Reis, na qual ainda não saiu o resultado.
Também foram apreendidos diversas caixas da droga sedativa de uso humano e veterinário, seringas, tubos de coleta de sangue, cadernos, documentos e um computador, nas três unidades do salão de beleza da família e também em uma clínica veterinária.
SAIBA MAIS:
+ 'Seita' que usava ketamina era investigada há mais de 40 dias, segundo delegado
+ Ex-namorada de irmão de Djidja Cardoso relata rituais da família para uso de ketamina
As informações, captadas pela Operação Mandrágora, da PC-AM, apontam que os três familiares (mãe e irmãos) operavam a seita chamada “pai, mãe e vida” nas unidades do salão Belle Femme, em Manaus, nos bairros Cidade Nova (Zona Norte), Parque 10 de Novembro e Nossa Senhora das Graças (ambos na Zona Centro-Sul).
A PC investigava o caso há 40 dias na capital do Amazonas e tinha Dilemar Cardoso da Silva, a Djidja, como uma das cabeças da organização, assim como a mãe e o irmão. Eles abusava de um anestésico usado para sedar cavalos em cirurgias, a ketamina, para ficar em uma espécie de "transe" durante as "reuniões"
Funcionários da rede de salão se beleza, amigos íntimos e alguns familiares eram induzidos a injetar a substância no próprio corpo. A família, segundo o delegado Cícero Túlio, acreditava ser Maria de Nazaré (Cleusimar), Jesus Cristo (Ademar) e Maria Madalena (Djidja).