Crime ocorreu em julho do ano passado, no bairro Mauazinho, na zona Leste de Manaus. Teresa de Jesus Hernandez Bemom teria contratado Andres Eduardo Munos Pinto para matar Yeimy Yenileth Vargas Rodríguez, por não aceitar o relacionamento da vítima com seu filho
Condenação de dupla foi confirmada na quinta-feira (26), em sessão do júri popular na 2ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Manaus (Foto: Divulgação / TJAM)
Teresa de Jesus Hernandez Bemom, 38 anos, e Andres Eduardo Munos Pinto, 32 anos, foram condenados nesta quinta-feira (26) pelo homicídio de Yeimy Yenileth Vargas Rodríguez, 27 anos, ao fim da sessão de júri popular na 2ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Manaus. O crime ocorreu no dia 5 de julho de 2022, por volta das 14h, dentro de uma quitinete, localizada no Beco Asa Branca, bairro Mauazinho, zona Leste de Manaus.
Yeimy foi morta com golpes de faca desferidos por Andres, contratado por Teresa por não concordar com o relacionamento da vítima fatal com o próprio filho. Na época do crime, vizinhos relataram escutar barulhos de briga vindos do imóvel onde Yemi morava seguido de música alta. Minutos depois ouviram fortes barulhos similares ao de alguém “batendo forte a cabeça contra a parede”. Alguns minutos depois, encontraram a jovem sem vida.
Yeimy Yenileth Vargas Rodríguez foi encontrada morta por vizinhos, minutos após o crime (Foto: Junio Matos)
Andres deverá cumprir 27 anos e um mês de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio triplamente qualificado (mediante paga e por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa). Teresa de Jesus Hernandez Bemon, recebeu uma condenação de 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo mesmo crime.
Andres Eduardo Munos Pinto está preso desde a época do crime e, na leitura da sentença a juíza Danielle Monteiro Fernandes Augusto manteve a prisão preventiva, decretou o cumprimento provisório da pena.
Câmeras de segurança flagraram o momento que Andres Eduardo Munos Pinto sai da casa da vítima após o crime (Foto: Reprodução)
Teresa de Jesus Hernandez Bemon aguardava o julgamento em liberdade, porém, com a condenação acima de 15 anos de reclusão a magistrada decretou a prisão preventiva em plenário para imediatamente iniciar o cumprimento provisório da Pena.
Apontada como mandante do crime, Teresa de Jesus Hernandez Bemom foi presa ainda em 2022 e ganhou liberdade provisória, sendo agora condenada (Foto: Reprodução)
Tanto defesa quanto o Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), representado pela promotora Justiça Clarissa Moraes Brito, podem recorrer da sentença.
Pelo fato de os réus e a maioria das testemunhas serem venezuelanos com fluência na língua espanhola, houve a necessidade de utilizar os trabalhos de um intérprete, que traduziu todos os depoimentos e interrogatórios durante o julgamento.