Prisões ocorreram no âmbito da operação Corsário deflagrada pelo 1º DIP. Nomes não foram divulgados.
Imagem Ilustrativa (Foto: Polícia Civil do Amazonas/Erlon Rodrigues)
Duas pessoas foram presas no desdobramento da Operação Corsário, que investiga o envolvimento de servidores em um esquema de desvio de medicamentos e produtos hospitalares de unidade de saúde do Amazonas. As prisões ocorreram nesta terça-feira (23), quando a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou a segunda fase da operação.
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão. A identidade dos presos não foi divulgada, nem os nomes das unidades de saúde. Na primeira fase da operação, em maio deste ano, a polícia também prendeu em flagrante três pessoas envolvidas no esquema, além de recuperar mais de duas toneladas de materiais desviados.
O delegado titular do 1º DIP, Cícero Túlio, afirmou que a identificação dos novos envolvidos no esquema, que desviava os materiais para revender clandestinamente, foi feita a partir de escutas telefônicas nos aparelhos dos servidores presos na primeira fase da operação. Esta segunda fase foi focada em identificar e prender outros envolvidos no esquema.
Cícero Túlio, delegado titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (Foto: Junio Matos/AC)
As investigações começaram quando a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) identificou inconsistências nos estoques de almoxarifados e farmácias e acionou a polícia. Em março, a polícia começou a monitorar uma unidade de saúde em Manaus, onde foi identificada a participação de um motorista no esquema de desvio de medicamentos.
Segundo o delegado, todos os servidores identificados e presos durante as fases da operação trabalhavam com contato direto nos almoxarifados das unidades de saúde. Entre os materiais apreendidos na primeira fase, o quantitativo mais expressivo era de insumos, principalmente soros que eram utilizados nas maternidades e destinados a recém-nascidos em situação de vulnerabilidade.
A polícia não descarta a possibilidade de outros servidores também estarem envolvidos no esquema e lotados em outras unidades de saúde. Entre os servidores presos, três eram agentes administrativos, uma era servidora do setor de almoxarifado e um motorista de uma unidade de saúde.
Sílvio Romano (centro), secretário-executivo de Controle Interno da SES-AM (Foto: Junio Matos/AC)
Controle Interno
O secretário-executivo de Controle Interno da SES-AM, Sílvio Romano, destacou que a operação começou após a própria secretaria ter identificado inconsistências no quantitativo de almoxarifados e farmácias e ter pedido investigação à polícia. Ele informou que a secretaria está adotando as providências necessárias para punir todos os envolvidos.
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