Crime aconteceu no ano de 2008. Além de Raphael de Souza, os dois seguranças dele também serão julgados. Decisão levará o caso ou não para júri popular
Raphael Souza (esquerda) era amigo de Bebetinho, mas outros problemas do mundo do crime teriam levado ao homicídio (Fotos: Reprodução | Arte: A Crítica)
Perto de completar 15 anos da morte de Alessandro Silva Coelho, o "Bebetinho", a 2a Vara do Tribunal do Juri Popular do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), realizará nesta quinta-feira (2) a audiência de instrução e julgamento do caso.
O processo tem como réus o publicitário Raphael Wallace de Souza, filho do ex-deputado Wallace Souza, e os seus dois seguranças na época, os policiais militares Átila Silva da Costa, Eliseu de Souza Gomes e Marcelo Terças de Oliveira.
Na audiência de amanhã serão ouvidas testemunhas de acusação e de defesa, além dos réus. No final será decidido se os acusados serão levados a júri popular.
O que chama a atenção é a demora para o andamento do processo na Justiça. O crime aconteceu no dia 13 de julho de 2008 e o Ministério Público Estadual só ofereceu denúncia em janeiro de 2022, 15 anos depois.
A defesa de Raphael, o advogado Josimar Berçout Filho, questionou a demora. “Eu não consigo entender porque levou tanto tempo do processo parado e, de repente, sem nenhuma prova nova, houve oferecimento da denúncia”, disse Berçout.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime aconteceu quando Bebetinho estava saindo de um show que aconteceu no Sambódromo. Ele estava dentro de seu carro, um Mercedes de placa JXP-7000, junto com a namorada Camila Miranda Correa e Marcelo, quando recebeu aproximadamente 30 tiros.
Os disparos que mataram Bebetinho foram atribuídos aos seguranças de Raphael, conforme a denúncia. Raphael, Bebetinho e Marcelo eram amigos, porém outras ocorrências criminais teriam motivado o crime.