JULGAMENTO ADIADO

Julgamento de PM acusado pela 'Chacina do Tocantins' é adiado após suspeição do promotor

Marcado para esta segunda-feira (14), o julgamento foi adiado para o dia 18 de novembro. O capitão da Polícia Militar Jackson Gama Feitosa, acusado da chacina, já havia sido condenado a 48 anos de prisão, mas o julgamento foi anulado

Joana Queiroz
online@acritica.com
14/10/2024 às 13:44.
Atualizado em 14/10/2024 às 13:44

(Foto: Arquivo/AC)

O julgamento do capitão da Polícia Militar Jackson Gama Feitosa, que estava marcado para acontecer nesta segunda-feira (14), foi adiado para o dia 18 de novembro deste ano. O promotor de Justiça Marcelo Salles Martins se declarou suspeito no domingo (13).

O julgamento do militar deverá acontecer vinte e seis anos após ele ter sido acusado de assassinar três pessoas de uma mesma família: o mestre de obras Júlio Smith Barbosa, Charles Smith Barbosa e André Correa Barbosa (pai, filho e sobrinho), ocorrido em junho de 1998.

O crime ficou conhecido como a “Chacina do Tocantins”, pois os corpos foram encontrados em uma área de mata nos fundos do conjunto Tocantins. De acordo com o inquérito, as vítimas foram sequestradas, executadas a tiros e os corpos jogados em um matagal.

Esta é a segunda vez que o capitão e advogado Jackson Gama é julgado pelo triplo homicídio. Em 9 de novembro de 2017, ele foi julgado e condenado a 48 anos de prisão em regime fechado, porém o julgamento foi anulado. A motivação não foi divulgada.

O primeiro julgamento foi presidido pelo juiz auxiliar da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Rafael Raposo, e atraiu estudantes de Direito. Na acusação, atuou o promotor de Justiça Ednaldo Medeiros e, na defesa do réu, o advogado Anielo Aufiero.

Este novo julgamento será presidido pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, James Oliveira dos Santos, e a defesa ficará a cargo da advogada Catharina Estrella. Ela informou que a negativa de autoria será a tese usada para provar a inocência de seu cliente.

As investigações policiais, presididas pelo já falecido delegado Rosemiro Siqueira, apontaram o então sargento Jackson Feitosa como coordenador da ação. No entanto, Feitosa afirma em depoimentos que foi vítima de uma armação de um grupo de policiais do alto escalão, que arquitetaram uma armadilha para que ele estivesse na cena do crime.

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