Uma das vítimas acabou engravidando em decorrência dos abusos sexuais. A prisão ocorreu na quarta-feira (22), com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM)
A delegada Nathalia Oliveira, da DEP de Tefé, detalhou o crime e a prisão (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)
Um homem de 37 anos foi preso por investigadores da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus) por abusar sexualmente de duas enteadas e engravidar uma delas em decorrência do estupro. A prisão ocorreu na quarta-feira (22), com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM).
De acordo com a delegada Nathalia Oliveira, da DEP de Tefé, o homem estava sendo investigado por estupro de vulnerável contra suas duas enteadas, que atualmente têm 13 e 18 anos.
Conforme a delegada, as investigações iniciaram em novembro após a vítima maior ter denunciado ao Conselho Tutelar ter sido estuprada pelo padrasto entre os 8 e 9 anos, quando ainda morava na comunidade Turezinho I.
De acordo com ela, entre os 11 e 12 anos, os abusos passaram a ocorrer com frequência e só cessaram após ela constituir família e se mudar para a sede do município.
Após tomar conhecimento de que a irmã tinha denunciado que fora estuprada pelo padrasto, a menina de 13 anos, que está grávida de seis meses em decorrência dos abusos sofridos, contou que ela também era vítima dele.
Como se não bastasse ser estuprada pelo padrasto, as vítimas também contaram que foram estupradas pelo pai dele. A maior de 18 anos relatou que casou e engravidou do marido e enfrentou uma depressão pós-parto, momento em que os reflexos dos abusos sexuais vieram à tona.
De acordo com a delegada, a vítima de 13 anos passou por uma escuta especial, onde relatou que era abusada pelo padrasto desde os 11 anos. O primeiro abuso aconteceu quando sua mãe saiu para lavar louça no rio, levando os demais irmãos, deixando-a sozinha em casa com o autor.
Desde então, os crimes passaram a ocorrer com frequência; ele inclusive mandava que ela o encontrasse em um local onde coletavam castanhas na mata. Aos 12 anos, ela passou um tempo na cidade para estudar, mas sentiu falta da família e retornou à comunidade. Aos 13 anos, os abusos recomeçaram e resultaram em sua gravidez.
Conforme a delegada, após as investigações iniciarem, ela recebeu informações de que o acusado havia sido assassinado em Manaus, mas acabou sendo descoberto que estava vivo e morando em uma comunidade rural do município onde foi preso.
A mãe das vítimas disse à delegada que desconfiava que a filha de 13 anos era estuprada pelo padrasto, pois chegou a ter acesso a cartas que ele mandava para a vítima, se declarando e dizendo que pretendia construir família com ela.
Depois de preso, o estuprador negou ter estuprado a enteada mais velha e admitiu ter cometido o crime com a menor, inclusive assumiu a paternidade da criança da qual ela está grávida.
Conforme a delegada, as investigações vão prosseguir para elucidar a participação do pai do padrasto no crime contra as vítimas.