investigação

Ex-PM, preso com delegado e outros agentes, foi recentemente condenado a 11 anos de prisão

Germano da Luz foi condenado por matar um colega de farda e estava no grupo, junto com um envolvido em outra operação da Polícia Federal, na prisão ocorrida no município de Manacapuru, no sábado

Thiago Monteiro
online@acritica.com
24/03/2024 às 12:32.
Atualizado em 24/03/2024 às 12:36

Germano da Luz (à esq) é ex-policial militar e condenador a 11 anos por matar um colega de farda; Edvaldo Ewerton (à dir.) foi alvo da Polícia Federal (PF) da operação Fair Play, entre 2021 e 2022, que visava desarticular crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. (Foto: Divulgação)

Condenado no mês passado na 2ª Vara do Tribunal do Júri, a 11 anos e oito meses de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado-privilegiado contra um colega de farda, o ex-policial militar Germano da Luz Júnior, 37, é um dos presos em flagrante, suspeito de crimes de extorsão mediante sequestro, porte de arma de fogo, associação criminosa, adulteração de veículo automotor entre outros, que ocorreu no município de Manacapuru (a 69 quilômetros de Manaus).

O preso Edvaldo Ewerton Pinto de Souza, 25, também envolvido nos crimes em Manacapuru, foi alvo da Polícia Federal (PF) da operação Fair Play, entre 2021 e 2022, que visava desarticular crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa e esquema de pirâmide, que movimentou R$ 156 milhões com 'golpe do empréstimo' no Amazonas e mais três estados.

Além deles, o delegado Ericson de Souza Tavares, atualmente titular do 6º Distrito Integrado de Polícia(DIP), os investigadores da Polícia Civil do Amazonas (PCAM) Eliezio Alencar de Castro, Anderson de Almeida Maia, e Alessandro Edwards da Cruz, os policiais militares sargento Alexandro Conceição dos Santos, os  cabos Eldon Nascimento de Souza, Ueslei Rodrigues da Silva e  Kemer Cruz Pimentel também foram presos.

Consta no Boletim de Ocorrência (BO) Nº 0076822/2024, que policiais militares do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Manacapuru receberam informações que três veículos estavam envolvidos no sequestros de uma jovem, de 24 anos e um homem, de 57 anos, no bairro da Correnteza.

Os policiais militares informaram que fizeram diligências no local e encontraram os policiais, além dos civis, com fardas pretas e encapuzados, onde sequestraram e torturaram as vítimas.  

O bando foi levado para a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) em Manacapuru.  

Fim de Semana Sangrento

O ex-policial Germano da Luz Júnior também é réu na 3ª Vara do Tribunal do Júri referentes à Operação Alcateia, onde o julgamento deverá ocorrer entre 20 de maio e 10 de junho deste ano. A operação é referente a participação de policiais militares em uma série de assassinatos registrados em julho de 2015, que ficou conhecido como "Fim de Semana Sangrento".

Equívoco?

O delegado Ericsson  negou as acusações e garante que a sua prisão  e dos demais foi um equívoco e que eles estavam em missão quando foram abordados pelos policiais militares.

“A gente estava em ocorrência aqui em Manacapuru, inclusive tem três armas apreendidas, três pistolas, só que como a gente não avisou a ninguém aqui em Manacapuru, os PMs abordaram a gente aqui. Foi isso que aconteceu, mas já está se resolvendo”, explicou o delegado via  mensagem de áudio para um amigo.

Nota

Em nota emitida,  na noite de sábado, as polícias Civil e Militar do Amazonas informaram que os policiais civis e militares, que já estavam sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas;  promotoria de Manacapuru e pelas corporações por suspeita de crime de extorsão.

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