Assaltos constantes

Dupla de assaltantes espalha medo e insegurança na zona centro-oeste de Manaus

Eles têm agido da mesma forma em todos os assaltos. Somente na segunda-feira (18), os dois fizeram três vítimas na região

Robson Adriano
20/11/2024 às 14:22.
Atualizado em 20/11/2024 às 14:22

(Foto: Reprodução)

Medo e insegurança. Uma dupla de assaltantes, em uma moto da fabricante Honda, modelo CG Titan, na cor branca, placa não identificada, tem aterrorizado os moradores do bairro da Paz, na zona centro-oeste de Manaus. Na última segunda-feira (18), os dois suspeitos fizeram três vítimas, de dois casos distintos, em menos de uma hora, que tiveram os aparelhos celulares roubados. As duas ocorrências foram registradas no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), situado no bairro Santo Agostinho, na zona oeste da capital. 

Uma mulher de 56 anos, que prefere não se identificar, contou que estava na frente de casa, na rua Iracema, bairro da Paz, por volta das 19h, acompanhada do próprio filho, um homem de 37 anos, no momento em que foram abordados pela dupla de assaltantes. Imagens do circuito externo de segurança captaram o momento do crime: o suspeito desce da garupa da moto, munido de uma arma de fogo, anuncia o assalto, rouba o celular do rapaz e a chave do carro dele. O criminoso ainda pede para as vítimas levantarem a camisa para verificar se possuem demais objetos de valor.

“Eles já foram chegando com a mochila aberta, parando em frente da minha casa, com arma em punho: ‘passa tudo’. Mandou meu filho passar a chave do carro, pegou e mandaram levantar a roupa. Foi muito rápido e foram embora. Levaram o celular dele. A chave do carro os bandidos jogaram mais embaixo. Ele conseguiu recuperar. A arma ficou em punho engatilhada para atirar. Uma moça viu quando eles (os criminosos) dobraram a esquina já com a mochila aberta. Com certeza fizeram outras vítimas”, relatou a mulher nesta quarta-feira (20). 

Depois do roubo no bairro do Paz, a dupla de criminosos seguiu no sentido da avenida Torquato Tapajós. Sobrou o medo e o prejuízo para o filho da vítima que teve o aparelho celular modelo Iphone 15 Pro Max, na cor Titanium, avaliado em mais de R$ 8 mil, furtado pela dupla de criminosos. “É uma sensação tão ruim. Ainda mais que meu filho veio se despedir de mim para viajar para trabalhar. Estão as coisas do trabalho dele no aparelho. É isso que me deixa com mais nojo desses marginais (sic)”, declarou a vítima.

 Terceira vítima

 Uma revedendora de 26 anos, na segunda-feira (18), teve o celular modelo iphone 12 Pro Max, avaliado em mais de R$ 5 mil, roubado pela mesma dupla de assaltantes em uma moto, por volta das 19h50. A jovem desceu da moto por aplicativo na primeira etapa da do bairro Alvorada, zona centro-oeste da capital para deixar uma encomenda para uma cliente. Momento em que foi abordada pela dupla de assaltantes no mesmo modus operandi: com arma em punho, o garupa declarou o assalto. Segundo relato dela, o motorista por aplicativo foi embora ao notar de que se tratava um crime. 

Uma das vítimas da dupla

 “Eu deduzi que eles (os criminosos) estavam me seguindo, porque passaram por mim na moto e fizeram o retorno.  Eu não imaginei que seriam assaltantes porque um estava com a mochila aberta como se retornasse do trabalho. Eu acho até que o motorista do aplicativo tem alguma ligação porque ele não foi roubado, apenas eu. Ele foi embora. A minha reação não foi entregar o celular, mas brigar com ele. Eu vi que ele (o assaltante) era mais baixo que eu. Eu soltei quando ele engatilhou a arma”, relembrou a jovem. 

Ela lembra algumas de algumas características físicas. “Ele (o criminoso) tinha uma tatuagem no braço esquerdo. Era claro e a voz de moleque e com uma arma prateada. Ele baixou a viseira do capacete quando anunciou o assalto. Eu fiquei com bastante nervosa. Cheguei na delegacia e ainda não fui bem recebida. Foi lá onde encontrei as outras duas vítimas dele. O meu celular era para o meu trabalho”, declarou a vítima, de 26 anos. 

As três vítimas da mesma dupla de criminosos se encontraram minutos depois no 19º DIP para o registro das ocorrências. A jovem de 26 anos é mãe de duas crianças e trabalhava por meio do celular. O roubo deixou o trauma e as oito parcelas restantes do aparelho. “Eu não dormi no dia que fui assaltada. Eu ficava o tempo todo nervos. Agora, estou na rua, fui ao mercado e já penso que todo mundo é assaltante. Na minha cabeça a qualquer momento alguém vai anunciar algum assalto”, disse a vítima. 

 Portas Trancadas

 Portas trancadas e cadeado são a forma de segurança encontrada pelos moradores do bairro da Paz. Segundo relatos, não existe policiamento na área e os roubos são constantes. Uma outra moradora, de 61 anos, que também prefere não se identificar, relatou que o filho de 36 anos teve o celular furtado ao chegar em casa após o trabalho.

Moradores se escondem por causa do medo e violência

 “O portão é todo tempo no cadeado, não se pode nem deixar no trinco. Eu tenho medo. São sempre dois caras em uma moto. Um sempre magrinho e tem até um cavanhaque. Está horrível”, disse a idosa.

 Posicionamento

 A reportagem procurou a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) sobre a falta de policialmente denunciada pelos moradores do bairro da Paz, assim com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) sobre o andamento das investigações para identificar a dupla de criminosos e até o momento não tivemos retorno. A matéria será atualizada assim que a resposta for enviada. O espaço segue aberto para o posicionamento das duas instituições policiais.

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