Dois são condenados por tentar matar jovem em bloco de carnaval
Os réus Aldair Lucas e Pedro Henrique foram sentenciados a 16 anos e três anos de reclusão, respectivamente. Os dois terão que indenizar a vítima, Odilon Filho
Momento da agressão (Foto: Reprodução)
Aldair Lucas Gonçalves dos Santos, 31 anos, e Pedro Henrique Damasceno Santos, 31 anos, foram condenados por tentativa de homicídio qualificado contra o estudante de medicina, Odilon Pereira Velho Filho, agredido em uma banda de carnaval em 2020. Lucas foi setenciado a 16 anos e dois meses de prisão no regime fechado e Pedro a três anos, dez meses e 20 dias no regime aberto.
O julgamento presidido pelo juiz de Direito, Fábio Lopes Alfaia, titular da 2ª Vara do Trubunal do Júri, durou três dias e terminou na noite desta sexta-feira (26). Aldair e Pedro podem recorrer da sentença em liberdade. Os réus Caio Nogueira Ribeiro, 30 anos, e Bruno Luan Oliveira Vasquez foram absolvidos, à pedido do Ministério Público Estadual (MPE-AM).
Além das duas penas que somadas chegam a mais de 20 anos, Alfaia também determinou que Aldair Lucas, pague uma indenização no valor de R$ 50 mil a título de reparação dos danos à vítima, assim como Pedro Henrique, que também terá que pagar um valor fixado em R$ 10 mil.
Tribunal do Juri (Foto: Divulgação/TJAM)
Relembre o caso
A tentativa de homicídio contra Odilon aconteceu no dia 24 de fevereiro de 2020, por volta das 01h30, quando o jovem foi agredido com chutes e socos. O crime ocorreu durante um bloco de carnaval, realizado na área de estacionamentos de uma universidade particular, na zona Centro-Sul de Manaus.
Odilon Filho (Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução)
Segundo o Inquérito Policial (IP), as agressões teriam começado após Odilon repreender Aldair, que teria importunado sexualmente uma jovem identificada como Rayssa Maria, amiga de Odilon. O episódio aconteceu no momento em que ela caminhava em direção ao banheiro do evento.
Momentos depois, Aldair, Bruno, Caio e Pedro teriam cercado Odilon, agredindo-o várias vezes com socos e chutes. Com as agressões, o rapaz perdeu os sentidos, mas foi socorrido e sobreviveu aos ferimentos. A vítima das agressões foi uma das testemunhas de acusação no processo.