Na nota, o chanceler da Diocese implorou o pedido de perdão de Deus diante do crime e ressaltou que todas as providências canônicas foram tomadas perante a lei da Igreja
(Foto: Reprodução)
O padre Josinaldo Plácido da Silva, chanceler da Diocese de Coari, por meio de nota publicada nesse domingo (18), após a prisão do padre Paulo Araújo da Silva, 81 anos, suspeito exploração sexual de adolescentes e filmar o ato criminoso, informou que tomou todas as providências canônicas necessárias que determina a lei da igreja, assim como a diocese se coloca em total disponibilidade para colaborar com as autoridades civis e ainda prestou solidariedade as vítimas.
"Diocese de Coari manifestou seu repudio a toda forma de abuso e exploração. Igualmente, a diocese mostrou sua solidariedade as vítimas e a suas famílias, colocando-se prontamente disponível para acompanhar a ajudar na superação dos traumas provocados pelos abusos", diz a nota. E ainda finaliza com “a diocese implora o perdão de Deus diante do grave crime que atenta contra a dignidade humana e escandaliza a fé dos pequenos"
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Paulo Araújo da Silva, 31 anos, foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva, na tarde deste domingo (18) na cidade coariense (distante 362 quilômetros em linha reta) suspeito de exploração sexual de adolescentes, filmar e armazenar o ato criminoso, aborto e ameaça contra as vítimas. O delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Policia (DIP) daquele municipio, declarou nesta segunda-feira (19) que as vítimas frequentavam a igreja em que o suspeito era pároco.
A autoridade policial detalhou que no celular do padre foram encontradas cerca de 260 midias com conteúdo pornográfico explícito do sacerdote com as vítimas. Uma adolescente de 17 anos informou à polícia que era violentada desde os 14 anos e, segundo relato da vitima, teria engravidado e o suspeito teria obrigado a menina a tomar um medicamento abortivo. Francisco Reiner, amigo do padre e agora procurado pela polícia, teria conseguido o fármaco. O feto foi enterrado na casa onde o padre morava.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que "as irvestigações irão continuar visto que há indicios que existem mais vítimas que foram filmadas em cenas de sexo explícitos sem ter conhecimento do fato criminoso". Após a prisão, Paulo foi encaminhado para a DIP de Coari onde está preso, a após passar por Audiência de Custódia, permanece na carceragem da unidade policial à disposição ao da Justiça.