Crime foi denunciado pela esposa do suspeito, que também era vítima de violência doméstica. Mesmo diante das provas, ele negou os crimes e alegou ser um 'bom pai'
Suspeito foi preso após ser denunciado pela companheira, uma de suas vítimas (Foto: Divulgação / PC-AM)
Policiais da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prenderam na quinta-feira (30), um idoso de 64 anos, por estupro de vulnerável e maus-tratos contra sua enteada de 14 anos de idade, uma filha de sete anos e dois filhos, de 1 e 2 anos. “Os detalhes dos abusos são impressionantes”, disse a delegada Deborah Ponce.
De acordo com ela, a prisão do acusado ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. A delegada detalhou o terror que a família viveu ao lado do acusado. Ao ser interrogado, o homem disse que sempre o foi um 'bom pai'.
Conforme as investigações, a enteada, hoje com 14 anos, começou a ser abusada pelo padrasto quanto tinha apenas 6 anos de idade, e também sofria agressões físicas e verbais por parte do padrasto. Depois ele passou a abusar dos próprios filhos, uma menina e dois meninos.
Segundo a delegada, ele obrigava as vítimas assistirem a violência sexual umas das outras.
Conforme a delegada, as vítimas sofriam todos os tipos imagináveis de abuso. As crianças também eram obrigadas a comerem comida estragada, além de serem agredidas com pedaços de madeira e murros nas costas.
A mãe das crianças sabia dos crimes, mas era ameaçada de morte e mantida em cárcere privado para não denunciá-lo.
Não aguentando mais viver com os filhos nessa situação, no dia 27 deste mês, ela denunciou o marido à polícia. O homem foi preso nessa quinta-feira e negou os crimes, chegando a dizer que era um bom pai, mesmo diante das evidências.
A mãe, juntamente com as crianças, está amparada por medida protetiva. Ela foi abrigada protetivamente através da Delegacia da Mulher e todos vão receber apoio médico e psicológico, enquanto o homem foi autuado nos crimes de estupro de vulnerável, maus-tratos e violência doméstica. O mesmo está a disposição da Justiça.